Netanyahu ordena “novas medidas” para libertar os reféns em Gaza

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ordenou à equipa de negociação que “prossiga os seus esforços” para garantir a libertação dos reféns ainda detidos na Faixa de Gaza, anunciou hoje o seu gabinete.

Netanyahu ordena

“Benjamin Netanyahu realizou esta noite uma reunião de avaliação sobre a questão dos reféns com a equipa de negociação e os altos responsáveis do aparelho de segurança”, declarou o seu gabinete em comunicado. “O primeiro-ministro deu instruções para prosseguir as diligências com vista à libertação dos nossos reféns”, acrescentou o comunicado.

Também hoje o Hamas adiantou que ainda está a preparar a sua resposta à proposta de trégua de Israel na Faixa de Gaza, segundo um responsável do movimento islamita palestiniano à agência de notícias AFP.

Este responsável reafirmou ainda que está fora de questão que o Hamas negoceie o seu desarmamento, condição imposta por Israel para pôr fim à guerra que dura há 18 meses no território palestiniano.

Israel declarou a 07 de outubro de 2023 uma guerra na Faixa de Gaza para “erradicar” o Hamas, horas depois de este ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando cerca de 1.200 pessoas, na maioria civis, e sequestrando 251.

A guerra naquele território palestiniano fez, até agora, mais de 51.000 mortos, na maioria civis, incluindo mais de 18.000 crianças, e mais de 111.000 feridos, além de cerca de 11.000 desaparecidos, presumivelmente soterrados nos escombros, e mais alguns milhares que morreram de doenças, infeções e fome, de acordo com números atualizados das autoridades locais, que a ONU considera fidedignos.

A situação da população daquele enclave devastado pelos bombardeamentos e ofensivas terrestres israelitas está ainda a agravar-se pelo facto de desde 02 de março Israel impedir a entrada em Gaza de alimentos, água, ajuda humanitária e medicamentos.

Há muito que a ONU declarou a Faixa de Gaza mergulhada numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa “situação de fome catastrófica”, a fazer “o mais elevado número de vítimas alguma vez registado” pela organização em estudos sobre segurança alimentar no mundo.

E, no final de 2024, uma comissão especial da ONU acusou Israel de genocídio naquele território palestiniano e de estar a utilizar a fome como arma de guerra – acusação logo refutada pelo Governo israelita, mas sem apresentar quaisquer argumentos.

 

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By Impala News / Lusa

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