Novo grupo de feridos de Gaza chega ao Egito
Seis ambulâncias com feridos entraram hoje no Egito, procedentes da Faixa de Gaza, através do terminal de Rafah, indicou um funcionário egípcio do posto de passagem, citado pela agência de notícias francesa AFP.
Aquela passagem fronteiriça da Faixa de Gaza – a única que Israel não controla – reabriu hoje, depois de ter estado encerrada durante o fim de semana, para o transporte de feridos para hospitais egípcios e a saída de estrangeiros e cidadãos de dupla nacionalidade retidos no enclave palestiniano.
Uma nova coluna de ajuda humanitária, formada por 50 camiões, entrou na Faixa de Gaza, noticiou a televisão estatal egípcia Al-Qahera News, acrescentando que nenhum dos veículos transportava combustível, recurso cuja entrada está proibida por Israel, por temer que caia nas mãos do grupo islamita palestiniano Hamas, desde 2007 no poder naquele pequeno território palestiniano.
A entrada no Egito de uma nova leva de feridos ocorre depois de o Governo do Hamas ter denunciado que o Exército israelita continuava a impedir a retirada dos feridos da bombardeada cidade de Gaza para o sul da Faixa, segundo um comunicado do gabinete de imprensa do executivo local.
De acordo com o ministro da Saúde egípcio, Khaled Abdelgafar, o Egito recebe diariamente entre 40 e 50 feridos, “na maioria, crianças e mulheres”, desde que o terminal de Rafah foi aberto, a 01 de novembro, para retirar civis feridos.
Desde o início do acesso a conta-gotas de ajuda humanitária ao enclave, a 21 de outubro, entraram no total 476 camiões, segundo o Crescente Vermelho palestiniano, uma quantidade ínfima tendo em conta que, antes do início da guerra, mais de 500 camiões entravam diariamente, de acordo com a ONU.
A Faixa de Gaza tem sido fortemente bombardeada por Israel desde o ataque de dimensões sem precedentes do movimento islamita a território israelita, a 07 de outubro, que fez mais de 1.400 mortos, na maioria civis, cerca de 5.000 feridos e mais de 200 reféns.
A retaliação de Israel começou por cortes do abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que completou na quinta-feira passada o cerco à cidade de Gaza.
A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 31.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza 10.022 mortos, entre os quais mais de 4.000 crianças, mais de 25.400 feridos e cerca de 1,5 milhões de deslocados, segundo as autoridades locais.
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