Novo Presidente dos EUA sugere que Ucrânia “poderá ser russa um dia”
O novo Presidente dos Estados Unidos levantou a possibilidade da Ucrânia se tornar “russa um dia”, repetindo que quer que Washington tenha acesso às terras raras ucranianas em troca de ajuda americana contra a Rússia
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“Quero que o nosso dinheiro esteja seguro porque estamos a gastar centenas de milhares de milhões de dólares”, disse Donald Trump, na segunda-feira, em entrevista à Fox News.
“Podem chegar a um acordo, podem não chegar a um acordo. Podem ser russos um dia, podem não ser russos um dia”, acrescentou o republicano, em referência à invasão da Ucrânia por parte da Rússia.
Numa entrevista transmitida na íntegra, depois de a primeira parte ter sido emitida no domingo, Trump recordou que exigiu a Kiev o equivalente a 500 mil milhões de dólares (485 mil milhões de euros) em terras raras, metais usados em particular em eletrónica.
“Pelo menos assim não nos sentimos estúpidos”, acrescentou.
Durante a campanha eleitoral, Trump prometeu pôr fim ao conflito no prazo de 24 horas, revendo esta promessa para seis meses após a sua tomada de posse, em 20 de janeiro.
No entanto, a Rússia e a Ucrânia continuam distantes nas suas posições, embora tenham assumido uma inédita postura de diálogo desde que Trump regressou à Casa Branca.
Na segunda-feira passada, Trump indicou que quer chegar a um acordo com a Ucrânia para ter acesso aos depósitos de terras raras do país como condição para continuar o apoio de Washington a Kiev.
A observação está em linha com elementos do “plano de vitória” do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que apresentou aos seus aliados de Kiev, incluindo ao novo líder norte-americano no fim de 2024.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e “desnazificar” o país vizinho, independente desde 1991 – após o desmoronamento da União Soviética – e que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território.
As informações sobre o curso da guerra divulgadas pelas duas partes não podem ser verificadas de imediato de forma independente.
VQ (CSB/HB) //
By Impala News / Lusa
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