Países árabes levam projeto de resolução sobre Jerusalém à Assembleia Geral da ONU
Os países árabes vão levar o projeto de resolução sobre Jerusalém à Assembleia Geral das Nações Unidas, afirmou o secretário-geral da Liga Árabe
Os países árabes vão levar o projeto de resolução sobre Jerusalém, vetado pelos Estados Unidos no Conselho de Segurança, à Assembleia Geral das Nações Unidas, afirmou esta terça-feira o secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Abulgueit.
O objetivo é que a Assembleia Geral aprove a resolução, que pede aos Estados Unidos para voltar atrás no reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel, como uma mensagem de “união pela paz”.
Em declarações aos jornalistas, Abulgueit expressou a sua “extrema indignação” com o veto dos Estados Unidos face a 14 votos favoráveis (o Conselho de Segurança conta com 15 membros), o que considerou um “desafio flagrante” perante “um caso raro de consenso” internacional.
Veja também: Jerusalém: Irão apoia a nova intifada palestiniana contra Israel
O presidente norte-americano, Donald Trump, reconheceu no passado dia 6 Jerusalém como capital israelita, rompendo décadas de consenso internacional de acordo com o qual o estatuto final de Jerusalém deve ser acordado em negociações de paz entre israelitas e palestinianos.
A polémica decisão de Trump
A decisão de Trump causou agitação em todo o mundo e manifestações nos territórios palestinianos e em vários países árabes e muçulmanos. Os palestinianos aspiram a fazer de Jerusalém Oriental a capital do seu futuro Estado.
No passado dia 13, os países da Organização para a Cooperação Islâmica acordaram, numa cimeira em Istambul, reconhecer Jerusalém Oriental como a capital de um futuro Estado palestiniano e convidaram o resto do mundo a fazer o mesmo.
Israel ocupa Jerusalém Oriental desde 1967 e, em 1980, anexou e proclamou a cidade como sua capital indivisa. A comunidade internacional nunca reconheceu Jerusalém como capital de Israel, nem a anexação da parte oriental da cidade.
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