Paquistão diz ter abatido aviões militares indianos após ataque “não provocado”

O Governo paquistanês afirmou que abateu vários aviões militares indianos em retaliação por uma série de bombardeamentos da Índia contra alegadas infraestruturas terroristas no Paquistão e na Caxemira administrada por este país.

Paquistão diz ter abatido aviões militares indianos após ataque

“A resposta do Paquistão à Índia foi enérgica e adequada. Aviões de combate indianos foram abatidos… A Força Aérea do Paquistão abateu cinco aviões de combate indianos”, afirmou o Governo paquistanês, numa breve mensagem divulgada na rede social X.

O Partido Popular do Paquistão (PPP), uma das principais formações da coligação governamental paquistanesa, condenou veementemente os bombardeamentos, que fazem parte da “Operação Sindoor” da Índia.

O partido de Asif Ali Zardari, atual Presidente do Paquistão, declarou, também na X, que a ação militar “não provocada” da Índia constituiu uma clara violação do direito internacional, da Carta das Nações Unidas e da soberania do Paquistão, exigindo a suspensão imediata de tais ações.

Embora o Governo paquistanês não tenha comunicado o número exato de alvos abatidos, os meios de comunicação social locais, citando fontes da Defesa, anunciaram o abate de três aviões Rafale, um SU-30 e um MIG-29. Outras fontes paquistanesas referiram igualmente o derrube de dois aviões indianos e de um ‘drone’.

As afirmações foram refutadas por fontes oficiais do outro lado da fronteira. Fontes indianas afirmaram que não se perdeu qualquer avião da Força Aérea do país durante a operação e rejeitaram as declarações paquistanesas, denunciando serem propaganda sem fundamento.

De acordo com Islamabade, Deli lançou esta madrugada ataques contra uma série de alvos em território paquistanês, mantendo-se dentro do próprio espaço aéreo, mas utilizando armas de longo alcance para atacar áreas civis.

Os alvos referidos encontravam-se em Muridke e Bahawalpur, na província paquistanesa do Punjab, e Bagh, Kotli e Muzaffarabad, na Caxemira administrada pelo Paquistão, do outro lado da chamada Linha de Controlo, a fronteira de facto entre as duas potências nucleares.

De acordo com o Governo paquistanês, oito civis morreram, 35 ficaram feridos e dois continuam desaparecidos.

Nova Deli, por sua vez, relatou a morte de três civis em território indiano.

O primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, afirmou que o Paquistão tinha “todo o direito de responder energicamente a este ato de guerra”.

A Índia negou ter atacado “alvos civis, económicos ou militares” numa declaração das autoridades.

Nova Deli acusou igualmente o vizinho de orquestrar o ataque de 22 de abril contra civis na Caxemira indiana – no qual um grupo de homens armados massacrou cerca de 20 pessoas num ‘resort’ turístico -, embora não tenha apresentado provas públicas que sustentem esta acusação.

O Paquistão negou categoricamente o envolvimento.

O ataque foi um dos mais mortíferos contra civis na região de Caxemira em décadas e fez aumentar drasticamente as tensões entre os vizinhos com armas nucleares.

Tanto a Índia como o Paquistão reivindicam a totalidade da Caxemira e travaram várias guerras pela região desde que se tornaram independentes do Reino Unido em 1947.

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By Impala News / Lusa

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