Paulo Rangel adverte EUA que UE tem palavra a dizer nas negociações para paz na Ucrânia
O ministro dos Negócios Estrangeiros português defendeu que a União Europeia (UE) “tem uma palavra a dizer” em quaisquer negociações para um cessar-fogo e um acordo na Ucrânia, admitindo que só assim pode ser uma “paz justa”
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“A UE e outros países europeus têm uma palavra a dizer no plano negocial”, disse Paulo Rangel, à entrada para uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros do bloco comunitário, em Bruxelas, capital da Bélgica e onde estão localizadas as principais instituições da União Europeia.
O governante português acrescentou que no plano que seja esboçado para um cessar-fogo e um eventual acordo de paz, estão incluídas as “garantias de segurança dos países europeus” e também um “esforço financeiro enorme” na reconstrução do país invadido pela Ucrânia há precisamente três anos.
“Isso não é possível, nem faz sentido, sem envolver a UE”, sustentou Paulo Rangel.
Os ministros com a pasta da diplomacia da UE reúnem-se hoje em Bruxelas para discutir, entre outros temas, o conflito na Ucrânia, três anos depois de a Rússia iniciar uma invasão que culminou na ocupação de porções significativas das regiões do Donetsk e de Lugansk (a península da Crimeia foi invadida em 2014).
Em causa, na reunião de hoje, estão também as negociações preliminares com a Rússia feitas pelos Estados Unidos da América (EUA), que excluíram a Ucrânia e a União Europeia.
Os países do bloco comunitário criticaram a decisão da administração do Presidente dos EUA, Donald Trump, que teceu críticas ao modo como a UE apoiou a Ucrânia e ao próprio Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
AFE // SB
By Impala News / Lusa
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