Pedro Nuno concorda com cláusula de salvaguarda para investimento em defesa

O secretário-geral do PS disse hoje que foi consultado pelo Governo sobre a ativação da cláusula de salvaguarda para investimento em defesa e concordou com esta decisão por permitir “maior flexibilidade do ponto de vista dos gastos do Estado”.

Pedro Nuno concorda com cláusula de salvaguarda para investimento em defesa

“O PS foi consultado e concordou. E aliás é um bom exemplo de que há matérias em que o PS e o PSD se podem entender e se devem entender”, respondeu aos jornalistas Pedro Nuno Santos quando questionado sobre a decisão de Portugal ativar a cláusula para que despesa com os investimentos em defesa não conte para o défice.

Segundo o líder do PS, “neste caso em concreto houve um acordo do PS” para esta decisão.

“Não aplicar a cláusula de exceção é que poderia ser um problema para nós porque a cláusula de exceção permite ter um tratamento das regras orçamentais diferente no que diz respeito à despesa com defesa”, justificou.

Para o líder do PS, se este mecanismo não fosse aplicado haveria “um problema maior porque tem consequências no conjunto da despesa do Estado”.

“Por isso esta cláusula, desse ponto de vista, é um bem na medida em que nós dá maior flexibilidade do ponto de vista dos gastos do Estado”, explicou.

O primeiro-ministro confirmou hoje que Portugal pediu em Bruxelas para que seja acionada a cláusula de salvaguarda, excetuando das regras orçamentais europeias, designadamente da contabilização para efeitos de défice, investimentos a realizar em Defesa nos próximos anos.

Luís Montenegro referiu que o Governo já teve a ocasião de informar o PS, a maior força política da oposição, sobre o procedimento que o executivo pediu junto da Comissão Europeia para ativar a cláusula salvaguarda.

A informação tinha sido divulgada inicialmente pelo Ministério das Finanças que, numa nota enviada esta manhã, explicou que a ativação desta cláusula permite que as despesas relacionadas com a área da Defesa, até ao limite de 1,5% do PIB, não sejam contabilizadas nos limites impostos pelos tetos da despesa primária líquida, definidos no Plano Orçamental-Estrutural Nacional de Médio Prazo (POENMP), para 2025-2028.

 

JF (PMF/SO) // JPS

By Impala News / Lusa

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