PM do Bangladesh reivindica eleições legislativas livres e justas

A primeira-ministra do Bangladesh, Sheikh Hasina, declarou que as eleições legislativas de domingo, vencidas pelo seu partido de forma esmagadora e contestadas pela oposição, foram “livres e justas”.

PM do Bangladesh reivindica eleições legislativas livres e justas

“As eleições foram livres e justas”, afirmou Hasina, no poder desde 2009, aos jornalistas na sua primeira reação ao resultado da votação.

“Quem quiser criticar pode fazê-lo”, garantiu a primeira-ministra bengali.

A Comissão Eleitoral do Bangladesh anunciou hoje que o partido no poder, a Liga Awami [que integra a primeira-ministra], obteve uma larga maioria nas eleições gerais de domingo, garantindo assim um quarto mandato consecutivo à Sheikh Hasina.

O partido de Hasina conquistou 223 das 299 cadeiras parlamentares em disputa, disse o chefe da Comissão Eleitoral, Habibul Awal, numa conferência de imprensa em Daca.

As eleições de domingo foram marcadas por uma baixa participação – de 40% face aos 80,2% das eleições de 2018 – e pelo boicote dos partidos da oposição, que exigiram hoje a demissão da primeira-ministra e a realização de novas eleições sob um governo interino.

Cerca de 1.900 candidatos pertencentes a 28 partidos políticos, a maioria deles pertencentes ou apoiados pela Liga Awami, concorreram pelos 299 dos 300 assentos parlamentares em disputa, depois de as autoridades terem suspendido a votação num círculo eleitoral devido à morte de um candidato.

Pelo menos uma pessoa morreu durante o dia das eleições, que foi amplamente vigiada pelas forças de segurança, o que permitiu às autoridades do país afirmarem que foram eleições pacíficas em comparação com as 19 mortes registadas em 2018.

O Partido Nacionalista do Bangladesh (BNP), da oposição, e os seus aliados boicotaram as eleições devido à recusa de Hasina em dissolver o seu governo e nomear uma administração interina para supervisionar as eleições.

Além de não apresentar candidatos, o BNP convocou uma greve geral de 48 horas que começou no domingo para desencorajar os eleitores de irem às urnas.

O grupo de oposição denunciou uma campanha de repressão estatal meses antes das eleições, com mais de 24 mil dos seus líderes e seguidores detidos pelas forças de segurança.

CSR // APN

By Impala News / Lusa

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