Portuguesa agredida e raptada em São Tomé e Príncipe

Uma cidadã portuguesa foi agredida e raptada na sua residência, na sexta-feira, mas resgatada minutos depois pela Polícia, disse fonte policial, que emitiu um comunicado de captura contra um dos suspeitos multireincidente.  

Portuguesa agredida e raptada em São Tomé e Príncipe

Segundo a fonte, os alegados autores do crime contra a cidadã portuguesa arrebentaram o portão da residência com uma viatura roubada, invadiram a casa, agrediram-na e lavaram-na na viatura, que avariou cerca de 200 metros depois, após embate no cercado à saída da residência.

Os suspeitos levaram a mulher para meio de um matagal, mas foram avistados por alguém que informou a polícia que compareceu no local e, após disparos, deteve um dos suspeitos. O segundo suspeito é um ex-recluso multireincidente, envolvido em vários furtos, roubos e assalto à mão armada, e encontra-se ainda em fuga.

O homem, com menos de 30 anos, foi colocado em liberdade recentemente pelo tribunal, após ter conseguido um relatório médico que determinou a sua invalidez por incapacidade motora dos membros inferiores. “Ele anda de cadeira de rodas de manhã, mas à noite tem estado envolvido em vários crimes desde que foi libertado”, disse à Lusa fonte da Polícia. A fonte acrescentou que na mesma noite do rapto, os dois suspeitos também roubaram uma roulotte na cidade da Trindade, distrito de Mé-Zóchi.

No dia do incidente o Governo são-tomense reuniu-se em Conselho de Ministros e decretou “que as autoridades policiais reforcem as medidas preventivas dando tolerância zero à criminalidade”, que admite estar a aumentar no país com o aparecimento, com mais frequência, de crimes que não são comuns à sociedade são-tomense, “que sempre foi conhecida como pacífica”.

Segundo o comunicado a que a Lusa teve hoje acesso, o executivo decretou ainda a “continuação da operação ‘Cidade Segura’ com a mobilização de todas as forças” e o início do “processo de controlo e recuperação das armas”.

“A partir da presente data [08 de setembro] todos os civis portadores de arma, incluído os que têm direito a posse e porte da mesma no âmbito das suas funções, devem confirmar a sua autorização ou proceder à sua regularização no prazo máximo de 15 dias, junto da Polícia Nacional.

Findo o prazo, todos os casos não confirmados ou não regularizados serão considerados de porte ilegal de armas e serão apreendidas e perdidas a favor do Estado, sem prejuízo de aplicação de sanções no âmbito das leis vigentes”, lê-se no comunicado.

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