Possível candidato a líder do Governo de Macau pede demissão do Tribunal de Última Instância

O presidente do Tribunal de Última Instância (TUI) de Macau, Sam Hou Fai, pediu a exoneração do cargo, abrindo caminho para uma possível candidatura a líder do Governo da região semiautónoma chinesa

Possível candidato a líder do Governo de Macau pede demissão do Tribunal de Última Instância

Numa ordem executiva publicada no Boletim Oficial do território, o atual chefe do Executivo, Ho Iat Seng, declarou a exoneração de Sam Hou Fai, a pedido do próprio juiz.

Além de abandonar o TUI, Sam irá também abandonar a Comissão Independente responsável pela indigitação dos candidatos ao cargo de juiz em Macau.

Sam admitiu na quinta-feira a possibilidade de se candidatar ao cargo de chefe do Executivo, de acordo com a Rádio Macau.

“Tenho sempre o desejo de servir Macau. Alguns amigos têm-me encorajado a continuar a contribuir para a RAEM [região administrativa especial de Macau]. Estou agora a pensar nisso. Se tiver novas informações, serão comunicadas a todos”, afirmou Sam Hou Fai aos jornalistas, em declarações divulgadas pela Rádio Macau.

O juiz notou ainda que este é um “cargo muito distinto e de alta responsabilidade”, na medida em que “permite contribuir” para Macau e para a população.

De acordo com a lei eleitoral, juízes ou funcionários judiciais só se podem candidatar a chefe do Executivo após apresentarem a demissão ou caso já se tenham reformado.

Ho Iat Seng anunciou na quarta-feira que não se vai candidatar a um novo mandato no cargo.

“Devido a problemas de saúde ainda não totalmente resolvidos, a bem do desenvolvimento a longo prazo de Macau e partindo do que corresponde ao melhor interesse desta região, decidi não participar na eleição para o sexto mandato do Chefe do Executivo”, afirmou, em comunicado divulgado pelo Gabinete de Comunicação Social.

A eleição do chefe do Executivo está marcada para 13 de outubro e os candidatos a líder do Governo de Macau vão ser conhecidos entre 29 de agosto e 12 de setembro.

O líder da região é eleito para um mandato de cinco anos pela Comissão Eleitoral do Chefe do Executivo – que integra 400 membros provenientes dos quatro setores da sociedade, sendo depois nomeado pelo Governo central chinês, de acordo com a ‘mini Constituição’ do território, a Lei Básica, e a respetiva lei eleitoral.

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By Impala News / Lusa

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