PR finlandês diz que reconhecer Palestina é “uma questão de tempo”

O Presidente da Finlândia, Alexander Stubb, disse hoje que o reconhecimento do Estado palestiniano por Helsínquia é “apenas uma questão de tempo”, uma iniciativa que contará com a oposição do partido de extrema-direita que integra a coligação governamental.

PR finlandês diz que reconhecer Palestina é

“Não se trata de reconhecer ou não [o Estado palestiniano], mas sim de saber quando o faremos. Nesse sentido, vamos analisar quando é que é o momento certo para podermos realmente influenciar o estabelecimento da paz, chegar a um cessar-fogo e concretizar a solução dos dois Estados [Israel e Palestina]”, disse Stubb, numa conferência de imprensa.

O chefe de Estado finlandês, o primeiro no poder a declarar-se abertamente a favor do reconhecimento da Palestina, sublinhou que, neste momento, o país nórdico deve “manter as linhas de comunicação abertas em todas as direções”.

O primeiro-ministro conservador finlandês, Petteri Orpo, admitiu na segunda-feira que a Finlândia poderá reconhecer o Estado palestiniano “quando chegar a altura”, mas disse que para tal seria necessário um cessar-fogo entre Israel e as milícias palestinianas e progressos no processo de paz.

Por outro lado, a líder do Partido dos Finlandeses (extrema-direita) e principal parceiro do governo, Rikka Purra, rejeitou categoricamente que o país reconheça a soberania palestiniana.

“A posição do Governo é muito clara: não vamos recompensar o Estado palestiniano pelas suas atividades terroristas”, declarou hoje à imprensa local.

O presidente do Partido Social Democrata (SDP) e líder da oposição, Antti Lidtman, apelou este fim de semana para que a Finlândia reconheça o Estado palestiniano o mais rapidamente possível, apesar de nenhum dos anteriores líderes do seu partido – incluindo a antiga primeira-ministra Sanna Marin – se ter atrevido a dar esse passo quando estavam em funções.

Mais de 140 países reconheceram a soberania da Palestina como Estado independente, incluindo a Espanha, a Irlanda e a Noruega, em maio passado.

JH // SCA

By Impala News / Lusa

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