PR timorense quer investimento numa defesa mais sustentável e eficiente
“Precisamos investir de forma estratégica em capacitação técnica, autossuficiência e modernização tecnológica, garantindo que as nossas forças armadas se tornem cada vez mais sustentáveis e eficientes, apesar das limitações que enfrentamos”, afirmou José Ramos-Horta.
O chefe de Estado discursava na cerimónia do 24.º aniversário da transformação das Falintil (Forças Armadas de Libertação Nacional de Timor-Leste) em Falintil — Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), dedicada ao tema “A Evolução e a Capacidade de Adaptação da Nova Conjuntura”.
Para José Ramos-Horta, uma forma de “superar dificuldades” é através do “fortalecimento da cooperação regional”.
“A colaboração com outros países da região é indispensável para enfrentarmos juntos as ameaças que não respeitam fronteiras, como o crime transnacional e o terrorismo”, disse o Presidente timorense, salientando que devem ser incentivados e facilitados exercícios conjuntos, partilha de informações e colaboração em operações de segurança.
O chefe de Estado disse igualmente que a “aquisição de tecnologias e equipamentos deve ser alinhada às necessidades específicas do país, considerando não apenas os custos, mas também a sustentabilidade a longo prazo e a capacidade de manutenção”.
No discurso, o Presidente salientou também como crucial o papel da componente naval das F-FDTL na defesa dos recursos marítimos do país e no combate a “potenciais ameaças, como a pirataria, tráfico de drogas, tráfico humano, imigração ilegal e poluição ambiental”.
“Os serviços da componente naval são fundamentais não apenas na defesa contra ameaças diretas, mas também na prevenção e resposta a emergências, como derramamentos de petróleo e outros poluentes que possam comprometer os nossos ecossistemas marinhos”, disse, lembrando que tanto os recursos pesqueiros, como os petrolíferos e minerais são essenciais para o desenvolvimento do país.
Na cerimónia, que contou com a presença do chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas de Portugal, general Nunes da Fonseca, foram também promovidos vários militares timorenses.
As Falintil foram criadas pela Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente (Fretilin), em 1975, mas em 1988 passaram a ser apartidárias e constituídas como uma força de defesa do Conselho Nacional da Resistência Timorense.
Com a restauração da independência, após a realização do referendo, em 1999, que pôs fim à ocupação indonésia, as Falintil foram dissolvidas, a 01 de fevereiro de 2001, e convertidas nas Forças de Defesa em Timor-Leste, no dia seguinte.
MSE // VQ
By Impala News / Lusa
Siga a Impala no Instagram