PR timorense quer Supremo Tribunal de Justiça antes do final do seu mandato

O Presidente timorense, José Ramos-Horta, afirmou hoje que quer a criação do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) antes do final do seu mandato, em maio de 2027.

PR timorense quer Supremo Tribunal de Justiça antes do final do seu mandato

 “Acredito que podemos criar o Supremo Tribunal de Justiça já em 2025 ou em 2026, antes do fim do meu mandato”, tendo em conta os recursos humanos já disponíveis, afirmou o chefe de Estado, durante uma visita ao Tribunal de Recurso, em Díli.

José Ramos-Horta salientou que, como chefe de Estado, só pode acompanhar e acelerar o processo de criação do STJ, cujas funções, até agora, são assumidas pelo Tribunal de Recurso.

O Presidente defendeu que a criação daquele tribunal exige um calendário claro e a participação de várias entidades, incluindo o Parlamento, o Conselho Superior de Magistratura Judicial e dos juízes do Tribunal de Recurso.

“Quero que este processo seja participativo, porque considero importante que todas as partes envolvidas possam dar o seu contributo. A criação do Supremo Tribunal não é simples, pois exige uma estrutura nova e um início sólido. Por isso, queremos fazê-lo bem e com 100% de qualidade”, explicou.

Ramos-Horta disse também que Timor-Leste não pode continuar a adiar este passo, porque já passaram 23 anos desde a restauração da independência, que se assinala no próximo 20 de maio, e a Constituição prevê a existência deste órgão judicial.

O novo presidente do Tribunal de Recurso, Afonso Carmona, afirmou, por seu lado, que a criação do Supremo Tribunal de Justiça não é apenas um planeamento legal, mas sim uma parte integrante da concretização constitucional para tornar a justiça uma realidade na vida do povo.

Porém, salientou o juiz, é necessário resolver algumas questões legislativas, nomeadamente leis relativas aos juízes conselheiros, aos desembargadores do Tribunal de Recurso, e outras normas que regem a promoção dos juízes.

Afonso Carmona disse também que há necessidade de resolver questões legais relacionadas com o estatuto dos juízes e, por fim, as normas sobre a remuneração dos magistrados.

“A visita do Chefe de Estado ao Tribunal de Recurso é um sinal forte de que a liderança nacional tem uma visão clara para consolidar um sistema judicial independente, livre e ao serviço da justiça”, concluiu.

DPYF // APL

By Impala News / Lusa

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