Presidente aguarda conclusões de investigação de furto de armas em Tancos
O Presidente da República disse, em Sintra, que não desiste de esperar pelas conclusões da investigação ao desaparecimento de armas em Tancos
O Presidente da República disse esta quarta-feira, em Sintra, que não desiste de esperar pelas conclusões da investigação ao desaparecimento de armas em Tancos, que decorrem em colaboração com a instituição militar.
“Certamente chegaremos a conclusões, apurando o que se passou e, na medida do possível, quem foi responsável por aquilo que se passou”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, acrescentando que não desiste “de esperar que se chegue a essas conclusões”.
O chefe supremo das Forças Armadas, que falava à margem de uma visita ao Museu Arqueológico de São Miguel de Odrinhas, no concelho de Sintra, respondeu desta forma a perguntas sobre a demora na investigação ao furto de material militar na base de Tancos, em junho de 2017.
O chefe de Estado salientou que já “disse tudo o que tinha a dizer” durante a tomada de posse do chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, a 01 de março, de que “há aspetos fundamentais que importa esclarecer e aprofundar” sobre o desaparecimento do material militar.
“Esperava que da colaboração entre uma instituição especializada em investigação criminal e a instituição militar decorresse esse conjunto de conclusões que estão por apurar”, reiterou Marcelo Rebelo de Sousa.
O ministro da Defesa rejeitou esta quarta-feira que o Governo se tenha atrasado a entregar ao parlamento o relatório sobre as medidas tomadas após o roubo de material militar em Tancos e garantiu que estará concluído nos próximos dias.
“Não há atraso, porque o que eu disse na comissão de Defesa Nacional foi: ‘penso que será possível entregar até ao fim do mês de fevereiro’, mas o trabalho está a ser concluído e será com certeza entregue, espero eu, nos mais breves prazos”, afirmou esta quarta-feira José Azeredo Lopes aos jornalistas, à saída de uma audição parlamentar sobre a cooperação estruturada permanente.
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O governante comentava assim a notícia de esta quarta-feira do jornal Público, segundo a qual o ministro “falhou a entrega” aos deputados do dossiê sobre Tancos, após se ter comprometido, em meados de janeiro, a enviar ao parlamento um “dossiê documental” com todas as medidas estruturais que foram tomadas na sequência do roubo de material militar em Tancos.
O Exército divulgou no dia 29 de junho o desaparecimento de material militar dos paióis de Tancos – entretanto desativados – que foi recuperado pela Polícia Judiciária Militar em outubro, a 21 quilómetros do local.
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