Presidente francês estima fim da guerra contra Estado Islâmico até fim de fevereiro
Emmanuel Macron estima que a guerra na Síria contra o grupo extremista Estado Islâmico será “ganha até meados ou final de fevereiro”, mas disse que “falta falar” com o Presidente sírio.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, estimou hoje que a guerra na Síria contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI) será “ganha até meados ou final de fevereiro”, mas disse que “falta falar” com o Presidente sírio.
“A 09 de dezembro, o primeiro-ministro iraquiano [Haider al-Abadi] anunciou a vitória face ao Daesh [acrónimo árabe do grupo radical EI] e eu penso que daqui até meados ou final de fevereiro teremos vencido a guerra na Síria”, declarou Macron, numa entrevista difundida pela cadeia de televisão France 2.
Macron já tiha dito há alguns dias que as operações militares contra o EI iriam prosseguir até “meados, fim de fevereiro” na Síria, contradizendo assim a Rússia, que tinha afirmado que este país está “totalmente libertado” do EI.
O Presidente francês considerou que “falta falar” com o chefe de Estado sírio, Bashar al-Assad, cuja saída imediata é reclamada por vários opositores.
“Bashar é inimigo do povo sírio. O meu inimigo é o Daesh”, sublinhou o líder francês.
O Presidente sírio, prosseguiu Macron, “continuará lá e também continuará lá porque é protegido por aqueles que, no terreno, também ganharam a guerra, seja o Irão, a Rússia”.
“Por isso não podemos dizer que não queremos falar com ele ou com os seus representantes”, insistiu.
Essa conversa que falta fazer com Assad, sublinhou, não impedirá de levar o dirigente sírio, acusado de muitos abusos, a “responder pelos seus crimes perante o seu povo e a justiça internacional”.
“No processo que a França quer ver surgir no início do próximo ano haverá representantes de Bashar, mas eu desejo também e, sobretudo, que haja representantes de todas as oposições, incluindo aqueles que saíram da Síria para sua segurança por causa de Bashar e do Daesh”, acrescentou Macron.
Desencadeado em 2011 com a repressão de manifestações pacíficas, o conflito na Síria fez mais de 340 mil mortos e milhões de deslocados e refugiados.
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