Presidente sul-coreano investigado por obstruir mandado de prisão
A polícia da Coreia Suk anunciou uma investigação ao Presidente Yoon Suk-yeol por suspeita de obstruir o mandado de detenção de que foi alvo, executado em janeiro, após uma primeira tentativa.
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A polícia considera que o Presidente, que continua em funções apesar de ter sido destituído pelo parlamento em dezembro, após declarar lei marcial, tentou bloquear a execução do mandado de detenção recorrendo ao Serviço de Segurança Presidencial (PSS, na sigla em inglês).
As mensagens de texto recolhidas pelas autoridades mostram que Yoon deu instruções ao chefe do PSS, Kim Seong-hoon, para que este tentasse bloquear o acesso da polícia à residência presidencial a 03 de janeiro, numa primeira tentativa de executar o mandado, e também a 15 de janeiro, da segunda vez.
A primeira tentativa foi abortada depois de os procuradores e os agentes da polícia tentarem aceder à residência onde Yoon estava refugiado e serem travados por elementos do PSS.
Na segunda tentativa, as autoridades lançaram uma operação de maior escala, que incluiu mil agentes da polícia, acabando por aceder à residência após momentos de tensão, mais uma vez devido às barreiras humanas formadas por agentes do PSS, políticos do partido de Yoon e centenas de apoiantes que se reuniram no local.
Yoon encontra-se num centro de detenção em Seul e está a ser julgado por um tribunal local por insurreição, na sequência da breve declaração de lei marcial, em dezembro. O crime de insurreição é o único a que um presidente em exercício na Coreia do Sul não está imune e pode levar a que seja condenado a prisão perpétua ou pena de morte.
Além disso, o dirigente está a ser objeto de um outro processo no Tribunal Constitucional, que vai determinar, nas próximas semanas, se a destituição de Yoon pelo parlamento é ou não definitiva.
Se o Tribunal Constitucional confirmar a destituição, Yoon perde a imunidade e pode também ser processado por obstrução de função pública, um crime para o qual o Código Penal sul-coreano prevê uma pena de prisão até cinco anos.
Yoon e a equipa de advogados afirmaram que os mandados de captura são ilegais e alegaram perante o Tribunal Constitucional que a declaração de lei marcial estava em conformidade com o quadro jurídico sul-coreano.
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By Impala News / Lusa
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