Primeiro-ministro da Hungria acusa UE de recusar a paz de Donald Trump
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, disse hoje que os 26 países da União Europeia aprovaram a continuação da guerra na Ucrânia confrontando o que considerou estratégia de paz dos Estados Unidos.

“Os 26 países da União Europeia elaboraram uma contra estratégia contra os Estados Unidos, para que não haja paz, mas para convencer os ucranianos, e eles próprios, de que faz sentido continuar a guerra”, disse Orbán à rádio pública húngara Kossuth.
O chefe do Governo húngaro demarcou-se dos parceiros da União Europeia na reunião de chefes de Estado e de Governo de quinta-feira votando contra o documento conjunto dos 27 Estados sobre o apoio à Ucrânia, país atacado pela Rússia em 2014 e 2022.
Orbán tem relações tensas com a Ucrânia e é aliado do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e do Presidente da Rússia, Vladimir Putin.
Os líderes da União Europeia sublinharam na quinta-feira que qualquer acordo de paz para acabar com a guerra na Ucrânia deve incluir “garantias de segurança robustas e credíveis” para Kiev, a fim de evitar futuras agressões russas.
Perante a recusa de Orbán em subscrever o texto sobre a Ucrânia, o documento foi adotado com o apoio dos restantes 26 Estados propondo que qualquer trégua ou cessar-fogo “só pode ter lugar” como parte de um processo conducente a um acordo de paz abrangente.
O texto acrescenta que os Estados da União Europeia estão empenhados em contribuir para a formação e o equipamento das Forças Armadas ucranianas e em intensificar os esforços de apoio e desenvolvimento da indústria de defesa ucraniana assim como aprofundar a cooperação com o bloco europeu.
“A Rússia está a ganhar a guerra, como é que eles querem ganhar?”, questionou o primeiro-ministro húngaro, referindo-se à decisão dos Estados Unidos de reduzir significativamente o apoio à Ucrânia.
Orbán reiterou que ao apoiar a Ucrânia, a União Europeia assume custos muito elevados e voltou a criticar os parceiros da União Europeia.
“Os ucranianos precisam de ajuda e o apoio é uma coisa boa, mas não se pode tomar uma decisão responsável sobre isto neste momento”, disse.
Orbán reiterou que vai propor o mais rapidamente possível um referendo na Hungria sobre a adesão da Ucrânia à União Europeia.
PSP // SB
By Impala News / Lusa
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