PSD vai confirmar diploma vetado por Marcelo sobre desagregação de freguesias

O líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, anunciou hoje que o PSD vai confirmar no parlamento o diploma de desagregação de freguesias que foi vetado pela Presidente da República, justificando esta decisão com as expectativas já criadas nas populações.

PSD vai confirmar diploma vetado por Marcelo sobre desagregação de freguesias

“O PSD entendeu reconfirmar o diploma de desagregação de freguesias ponderando muito bem aquilo que foram as palavras do senhor Presidente da República porque creio que mensagem que dirigiu ao parlamento deve ser ouvida e deve ser escutada”, anunciou Hugo Soares em declarações transmitidas pela TVI à margem dos 50 anos do PSD/Mafra.

O líder parlamentar do PSD justificou esta decisão com aquilo que “são as expectativas já criadas nas populações das freguesias que viram o projeto inicial ser aprovado”.

“O PSD entendeu voltar a repetir a votação que teve no projeto inicial e portanto reconfirmar o diploma”, disse.

Na quinta-feira, o líder parlamentar do PSD afirmou que o veto do Presidente da República ao decreto que desagregou freguesias “tem peso” e “é um dado novo”, pedindo tempo para o partido o avaliar antes de anunciar se pretende ou não confirmá-lo.

“Nem o país está com uma urgência nesta decisão, nem isto é uma decisão que careça de uma urgência de pé para a mão, da manhã para a noite”, afirmou Hugo Soares, questionado pelos jornalistas à entrada para o plenário da Assembleia da República.

O Presidente da República vetou na quarta-feira o decreto do parlamento que desagrega 135 uniões de freguesias, repondo 302 destas autarquias locais, colocando dúvidas sobre a transparência do processo e a capacidade de aplicação do novo mapa.

No dia seguinte, o PS anunciou “de imediato” o reagendamento do decreto com vista à sua confirmação, tendo o líder socialista, Pedro Nuno Santos alegado que a “lei foi cumprida escrupulosamente” e o parlamento fez um trabalho rigoroso, prometendo manter-se “ao lado das populações” neste tema.

Este decreto, subscrito por PSD, PS, BE, PCP, Livre e PAN, foi aprovado em 17 de janeiro, com votos contra da IL e a abstenção do Chega.

De acordo com a Constituição da República, perante um veto, o parlamento pode confirmar o texto por maioria absoluta dos deputados em efetividade de funções, 116 em 230, e nesse caso, o Presidente da República terá de promulgar o diploma no prazo de oito dias a contar da sua receção.

Para fazer esta maioria de 116, os votos do PSD são decisivos para a sua confirmação, já que o Chega se absteve no decreto e apelou ao veto do Presidente da República.

 

JF (SMA) // MAG

By Impala News / Lusa

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