Putin diz esperar Erdogan na Rússia em outubro para cimeira dos BRICS

O Presidente russo, Vladimir Putin, declarou hoje esperar o homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, em Kazan, na Rússia, em outubro, para a cimeira dos BRICS, um bloco económico a que a Turquia, Estado-membro da NATO, quer aderir.

Putin diz esperar Erdogan na Rússia em outubro para cimeira dos BRICS

“Envio os melhores votos ao Presidente da República da Turquia, Recep Tayyip Erdogan. Aguardo-o na Rússia, em Kazan. Penso que marcámos uma reunião bilateral para 23 de outubro”, disse Putin ao presidente do parlamento turco, Numan Kurtulmus, de visita a Moscovo.

“Estamos muito satisfeitos por desenvolver as nossas relações com a República da Turquia em todas as áreas”, acrescentou o chefe de Estado russo, classificando Rússia e Turquia como “bons vizinhos”.

A última visita de Erdogan à Rússia foi em setembro de 2023, quando esteve em Sochi, nas margens do mar Negro.

A Turquia, cujas relações com os aliados ocidentais são por vezes tensas, anunciou no início de setembro que tinha apresentado oficialmente o seu pedido de adesão aos BRICS.

Com quatro membros (Brasil, Rússia, Índia e China) quando foi fundado em 2009, este grupo de economias emergentes acolheu a África do Sul em 2010 e foi este ano alargado a vários outros Estados: Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Egito e Irão, parceiro económico e diplomático da Rússia.

Ancara, que manteve relações estreitas com Moscovo apesar da invasão russa da Ucrânia e da guerra ali travada desde fevereiro de 2022, é o único membro da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental) que bateu à porta deste bloco económico.

Uma cimeira dos BRICS está agendada para entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan.

Além de Erdogan, é esperada a participação do Presidente chinês, Xi Jinping, do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e do Presidente iraniano, Massud Pezeshkian.

Juntamente com a ONU, a Turquia ajudou a estabelecer um acordo sobre cereais no verão de 2022, que visava permitir as exportações dos cereais ucranianos através do mar Negro, apesar da guerra com a Rússia, que denunciou o acordo um ano depois.

ANC // SCA

By Impala News / Lusa

Impala Instagram


RELACIONADOS