Renamo considera lamentável exclusão da coligação que apoia Venâncio Mondlane

O presidente da Renamo, Ossufo Momade, considerou hoje lamentável a exclusão da Coligação Aliança Democrática (CAD) das eleições gerais de outubro, afirmando que os dirigentes da coligação foram “irresponsáveis”.

Renamo considera lamentável exclusão da coligação que apoia Venâncio Mondlane

“Nós pensávamos que tínhamos os moçambicanos coligados na CAD para que pudéssemos avançar juntos. O que assistimos, aquilo que foi a decisão da Comissão Nacional de Eleições e a sua intervenção, é que os dirigentes da CAD não puderam fazer uma preparação em relação à documentação e nós lamentamos”, disse Ossufo Momade, em declarações à comunicação social, após um comício em Manica, centro de Moçambique.

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) moçambicana anunciou, em 18 de julho, a exclusão da CAD, que apoia a candidatura presidencial do político Venâncio Mondlane, das eleições gerais de 09 de outubro, por não reunir os requisitos legais.

“São rejeitadas as listas plurinominais fechadas de candidaturas da Coligação Aliança Democrática em decorrência de não reunir os requisitos legais estatuídos para a apresentação de candidaturas, o que resulta na nulidade do processo da sua candidatura”, afirmou Paulo Cuinica, porta-voz da CNE, ao ler a deliberação, por consenso, sobre a verificação das candidaturas recebidas.

Para o Ossufo Momade, a exclusão da coligação resulta de uma alegada falta de responsabilidade dos dirigentes dos partidos políticos extraparlamentares que a compõem, negando que a exclusão da coligação tenha sido promovida pelas pessoas indicadas pela Renamo na CNE.

“A grande irresponsabilidade foi dos próprios dirigentes da CAD”, frisou Ossufo Momade, acrescentando que o principal partido de oposição em Moçambique não teme qualquer força política.

Com esta decisão, Venâncio Mondlane, ex-deputado da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, fica impedido de concorrer a mais um mandato na Assembleia da República, mas mantendo-se na corrida à Presidência da República.

A CAD, que submeteu um recurso ao Conselho Constitucional, convocou uma “marcha pacífica” para sábado contra a exclusão das eleições gerais de outubro.

“O Conselho Constitucional, se não repor a verdade, de acordo com a lei, será uma prova inquestionável da inoperância das leis no país e que estaríamos diante de um Estado falido”, afirmou o presidente da CAD, Manecas Daniel, em conferência de imprensa, em Maputo.

Moçambique elege em 09 de outubro deste ano um novo chefe de Estado, no âmbito das sétimas eleições presidenciais.

As presidenciais vão decorrer em outubro em simultâneo com as legislativas e as eleições dos governadores e das assembleias provinciais.

EAC // JMC

By Impala News / Lusa

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