Resgatados 155 passageiros em operação após desvio de comboio no Paquistão

Um total de 155 passageiros foram resgatados numa operação na província paquistanesa do Baluchistão, após o sequestro do comboio Jaffar Express pelos insurgentes do Exército de Libertação do Baluchistão, disseram fontes militares.

Resgatados 155 passageiros em operação após desvio de comboio no Paquistão

As forças de segurança continuam a operação para libertar os restantes reféns detidos pelos separatistas do BLA, que tomaram o comboio na terça-feira com mais de 400 passageiros a bordo, quando este se dirigia da cidade de Quetta, no Baluchistão (oeste), para Peshawar, na província de Khyber Pakhtunkhwa (norte).

Fontes envolvidas na operação disseram à agência de notícias Efe que 155 civis foram resgatados e pelo menos 27 atacantes foram mortos. O número dos restantes reféns e dos agressores não foram especificados. Anteriormente, fontes de segurança tinham indicado que “13 terroristas” haviam sido mortos e “80 reféns libertados”.

As fontes citadas pela Efe, que não quiseram ser identificadas, disseram que os atacantes têm homens-bomba com coletes explosivos ao lado de alguns reféns, o que dificulta a operação.

Apesar do resgate, a operação ainda está em curso e há registo de trocas de tiros.

De acordo com as mesmas fontes, 17 pessoas ficaram feridas e foram levadas para o hospital, não tendo detalhado se se trata de civis ou agentes das forças de segurança.

O BLA tinha afirmado ter eliminado 30 membros das forças de segurança e feito 180 reféns, ameaçando executá-los caso as forças de segurança interviessem.

“Os terroristas utilizaram mulheres e crianças como escudos. As forças de segurança cercaram os terroristas e a troca de tiros continua”, disse uma fonte à Efe. “A operação está a ser levada a cabo com extrema cautela devido ao uso de mulheres e crianças como escudos e ao terreno difícil”, acrescentou.

O BLA, que procura a autodeterminação do grupo étnico dos baluchis, mantém uma insurreição de lonha data, com ataques contra as forças de segurança paquistanesas e os investimentos chineses na região.

CAD (ANC) // VQ

By Impala News / Lusa

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