Rubio garante que EUA não fizeram cedências a Putin
O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, garantiu hoje que os Estados Unidos (EUA) não fizeram qualquer cedência à Rússia, em resposta às críticas à política do Governo do Presidente Donald Trump sobre o conflito na Ucrânia.

“Ele não obteve uma única cedência”, disse Rubio referindo-se ao Presidente russo, Vladimir Putin, em declarações perante a Comissão de Negócios Estrangeiros do Senado (câmara alta do Congresso norte-americano).
Ao ser questionado por uma senadora democrata, o chefe da diplomacia norte-americana defendeu que o Presidente russo está a tentar “ganhar tempo”, na ausência de pressões de Washington ou de novas sanções, como as que foram adotadas hoje pela União Europeia (UE).
Trump e Putin falaram por telefone na segunda-feira, sem resultados tangíveis, embora o Presidente norte-americano tenha anunciado que russos e ucranianos deverão iniciar negociações imediatas para um cessar-fogo.
Depois da conversa telefónica com Putin, o Presidente norte-americano afirmou ter mantido contactos também com o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, assim como com vários líderes europeus, com quem discutiu os planos para as potenciais negociações. Trump indicou ainda que o Vaticano demonstrou interesse em acolher possíveis conversações de paz.
Ainda no Senado, o secretário de Estado norte-americano acrescentou que Trump não quer impor novas sanções à Rússia porque “acredita que agora, se começar a ameaçar com sanções, os russos vão parar de falar”, explicando que será mais útil que os Estados Unidos mantenham a possibilidade de obrigar Moscovo a “vir à mesa das negociações”.
Rubio admitiu, contudo, que Putin pode preferir “continuar a travar esta guerra”, em vez de ser sensível aos apelos para um acordo de paz.
O chefe da diplomacia norte-americana refutou ainda qualquer ideia de que Washington já não esteja a ajudar a Ucrânia, dizendo que os ucranianos continuam a pedir sistemas de defesa aérea, um fornecimento para o qual os Estados Unidos estão a trabalhar “em estreita colaboração” com os aliados da NATO.
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.
Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
RJP // SCA
By Impala News / Lusa
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