Sindicato da PSP diz que reestruturação do SEF põe em causa segurança no aeroporto de Lisboa

A Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP/PSP) alertou hoje para “a gravíssima situação” que a divisão de segurança aeroportuária da PSP no Aeroporto de Lisboa está a passar devido à restruturação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.

Sindicato da PSP diz que reestruturação do SEF põe em causa segurança no aeroporto de Lisboa

Sindicato da PSP diz que reestruturação do SEF põe em causa segurança no aeroporto de Lisboa

A Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP/PSP) alertou hoje para “a gravíssima situação” que a divisão de segurança aeroportuária da PSP no Aeroporto de Lisboa está a passar devido à restruturação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.

A estrutura sindical, num comunicado enviado à agência Lusa, sublinha que “o processo de reestruturação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e a atribuição das competências à PSP terá de ser acompanhada dos recursos necessários”, pois “a situação está no limite”.

No âmbito da reestruturação do SEF, que foi adiada até à criação da Agência Portuguesa para as Migrações e Asilo (APMA), as competências policiais daquele organismo passaram para a PSP, GNR e PJ, enquanto as atuais atribuições em matéria administrativa relativamente a cidadãos estrangeiros passam a ser exercidas pela APMA e pelo Instituto dos Registos e do Notariado.

A Associação Sindical dos Profissionais de Polícia considera que “a gestão deste processo é totalmente desajustada e provoca constrangimentos diários de segurança no Aeroporto de Lisboa”.

“Os polícias que estão a ser desviados da sua missão para serviços do SEF desfalcam a responsabilidade operacional da PSP no local. Os profissionais da PSP são colocados noutros serviços e em formações contra a sua vontade. Foram feitos vários convites para a Divisão de Segurança Aeroportuária que não colmataram as lacunas existentes. A falta de atratividade da função prende-se com a parca e diferente remuneração para quem exerce funções idênticas ao que acresce a extinção de suplementos”, afirma a associação sindical.

A ASPP/PSP diz que muitos dos profissionais que trabalham na divisão de segurança aeroportuária (DSA) já pediram para sair, mas viram as suas pretensões recusadas.

“Esta é a realidade rotineira que se vive da DSA. Os profissionais da PSP não têm o dom da omnipresença – não podem estar em dois, ou mais locais, ao mesmo tempo”, vinca a estrutura, acrescentando que “as respostas às questões colocadas pela ASPP/PSP- por via de vários ofícios – teimam em não aparecer, desconhecendo este sindicato as motivações dessa falta”.

A reestruturação do SEF foi decidida pelo anterior Governo e aprovada na Assembleia da República em novembro de 2021, tendo já sido adiada por duas vezes.

ARA // ZO

By Impala News / Lusa

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