Taiwan escolhe hoje novo Presidente e parlamento com vizinha China em alerta militar

Taiwan escolhe hoje o sucessor da Presidente Tsai Ing-wen, do Partido Democrático Progressista (DPP), com a vizinha China em estado de alerta militar e Estados Unidos e países vizinhos atentos aos resultados.

Taiwan escolhe hoje novo Presidente e parlamento com vizinha China em alerta militar

Na véspera da ida às urnas, que também inclui escolha do parlamento, o Ministério da Defesa chinês anunciou que as forças armadas estão em elevado estado de alerta, prontas a tomar todas as medidas necessárias para impedir quaisquer planos para a “independência de Taiwan”.

Taiwan age já como uma entidade política soberana, com Exército e diplomacia própria, apesar de não ser formalmente independente.

A China considera Taiwan uma das suas províncias, que ainda não conseguiu reunificar com o resto do seu território desde o fim da guerra civil chinesa, em 1949.

Pequim diz ser a favor de uma reunificação “pacífica” com a ilha, onde os cerca de 23 milhões de habitantes são governados por um sistema democrático, mas nunca renunciou ao uso da força militar.

A China é contra o aumento dos contactos entre líderes políticos norte-americanos e taiwaneses, que considera ser uma violação do compromisso dos Estados Unidos de não manter relações oficiais com a ilha.

Há dois dias, a China tinha apelado aos Estados Unidos para não “se intrometerem” nas eleições e disse opor-se “firmemente” a qualquer “forma de intercâmbio oficial” entre Taipé e Washington, que entretanto divulgou o envio de uma delegação à ilha após a votação.

As eleições são consideradas por vários especialistas como críticas, até porque um conflito armado entre Pequim e Taipé poderia colocar os Estados Unidos em confronto direto com a China e abalar a economia mundial.

A China comunista receia que uma vitória de William Lai, candidato do DPP, seja um passo em direção à independência e sugeriu aos eleitores taiwaneses estar em causa a escolha entre a paz e a guerra.

As sondagens têm colocado o DPP na frente, seguido do Kuomintang (KMT) e no terceiro posto o Partido do Povo de Taiwan (TPP), com indicações de que nenhum dos partidos deverá conseguir uma maioria no parlamento da ilha de 23 milhões de habitantes e líder mundial na produção de semicondutores.

Em entrevista à agência Lusa, o representante de Taiwan em Portugal, Chang Tsu-che, notou como o território tem “mantido a democracia, apesar da ameaça da China” e como “toda a gente sabe da importância da democracia nesta eleição”.

PL (JPI) // PDF

By Impala News / Lusa

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