União Europeia condena ataques contra locais religiosos no Daguestão

O chefe da diplomacia da União Europeia (EU), Josep Borrell, condenou os ataques terroristas de domingo contra locais religiosos e membros das forças de segurança no Daguestão, no Cáucaso russo, que fizeram 20 mortos

União Europeia condena ataques contra locais religiosos no Daguestão

“Condeno veementemente os ataques terroristas perpetrados no domingo contra locais religiosos judaicos e cristãos e contra as forças de segurança na república do Daguestão”, disse Borrell, na rede social X (antigo Twitter).

“As minhas mais profundas condolências às famílias das vítimas. Desejo sinceramente uma rápida recuperação aos feridos”, acrescentou na segunda–feira à noite o alto-representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança.

Os atentados armados de domingo contra igrejas ortodoxas e pelo menos uma sinagoga no Daguestão, no Cáucaso russo, fizeram 20 mortos e 46 feridos, de acordo com o último balanço das autoridades locais.

O Comité Antiterrorista da Rússia (NAK, na sigla em russo) disse na segunda-feira ter terminado a operação para pôr fim aos ataques armados.

“Devido à neutralização das ameaças à vida e à saúde dos cidadãos, foi decidido pôr fim à operação antiterrorista” no Daguestão, disse o NAK, citado por agências de notícias russas.

Também na segunda-feira, depois dos atentados, a Presidência russa descartou o regresso de uma “insurreição islamita” à República do Daguestão, afirmando que a população está “consolidada face ao terrorismo”.

“A Rússia mudou, a sociedade consolidou-se e essas manifestações terroristas não são apoiadas pela sociedade, nem na Rússia nem no Daguestão”, afirmou Dmitri Peskov, porta-voz do Presidente russo, Vladimir Putin, quando questionado pelos jornalistas sobre se o Kremlin (presidência) temia o regresso de uma “insurreição islamita” no país.

A questão, colocada durante a habitual conferência de imprensa do porta-voz presidencial, referia-se aos acontecimentos ocorridos na década de 2000, na sequência da segunda guerra da Chechénia.

Apesar das declarações do porta-voz do Kremlin, Putin ainda não se pronunciou diretamente sobre aos ataques atribuídos a terroristas no Daguestão.

No novo balanço, o governador da república russa de maioria muçulmana do Cáucaso, Sergei Melikov, destacou que entre as vítimas mortais estão agentes das forças de segurança e vários civis, entre os quais um padre ortodoxo.

Melikov disse que homens armados abriram fogo no domingo contra duas igrejas ortodoxas, uma sinagoga e uma esquadra da polícia em duas cidades da região do sul da Rússia, tendo decretado três dias de luto.

Também informou que seis militantes armados foram mortos.

VQ (JSD/PSP) // VQ

By Impala News / Lusa

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