Ventura admite vai pedir fim de participação em imobiliárias a deputados em caso de conflito de interesses
O líder do Chega, André Ventura, admitiu hoje pedir aos deputados do seu partido que cessem participações em empresas imobiliárias, se se verificar que houve conflito de interesses por terem estado envolvidos na elaboração da lei dos solos.
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Hoje, durante o debate da moção de censura na Assembleia da República, o líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, entregou à mesa do parlamento um documento com os deputados do Chega que detêm participações em sociedades imobiliárias e que debateram alterações à lei dos solos.
Entretanto, o Observador noticiou que se tratam de quatro deputados: Filipe Melo, Pedro Pessanha, Felicidade Vital e José Dias Fernandes. Filipe Melo é coordenador da Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação, onde foi discutida na especialidade a lei dos solos.
Confrontado com esta notícia no final do debate da moção de censura na Assembleia da República, André Ventura que, neste caso, o partido vai exigir o mesmo que “exige em todos os casos”.
“Se há conflito de interesses, eles têm de ser, primeiro, declarados. Dois, se há participações em casos de conflitos de interesses, a participação tem de cessar. É isso que se exige para o Governo e para todos os deputados”, disse.
Questionado sobre o que é que se exige para o Chega, Ventura respondeu: “A cessão da sociedade, caso exista, não faço a menor a ideia”.
“É o mesmo que o primeiro-ministro já devia ter feito”, referiu.
Já interrogado se não sabia que havia um potencial conflito de interesses, Ventura afirmou que “evidentemente que não”, referindo que tinha acabado de estar no debate da moção de censura.
TA // JPS
By Impala News / Lusa
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