Ventura justifica saída de deputados das listas com necessidade de renovação e “unidade”
O presidente do Chega justificou hoje a ausência de alguns deputados do partido nas listas para as próximas eleições legislativas com a necessidade apostar em jovens e “garantir a unidade” interna, sublinhando que “quem prevaricar será afastado”.

“Houve uma decisão de fazer duas coisas: apostar essencialmente em mais juventude, nós termos uma lista essencialmente de mais 20% de jovens, isso era um passo importante para nós, apostar na juventude, dizer aos jovens para ficarem em Portugal, para se interessarem pela política. Dois, garantir a harmonia e a unidade do partido, essa é a minha preocupação também enquanto presidente”, justificou André Ventura.
O líder do Chega, que será também ‘número um’ por Lisboa, falava aos jornalistas à margem da entrega das listas do partido no Palácio da Justiça, em Lisboa, altura em que foi questionado sobre o facto de os deputados António Pinto Pereira, que foi cabeça de lista por Coimbra em 2024, e Henrique de Freitas, que tinha encabeçado o círculo de Portalegre, não se recandidatarem este ano.
Além da necessidade de renovação e “unidade”, André Ventura acrescentou que outro dos critérios para escolher candidatos a deputados foi o de “garantir a representatividade dos vários setores profissionais”.
Insistindo que o Chega apresenta-se nestas eleições “para vencer” e não para eleger “mais um ou dois deputados”, Ventura afirmou que ao escolher as listas procurou “cumprir com a exigência” de se apresentar como um partido “anticorrupção”.
“Procurei garantir que temos candidatos à altura do lugar que vão desempenhar, garantir que temos candidatos com empenho no espaço público e que transparentemente se apresentam, sem suspeitas, na gestão pública para uma eleição, mas também sempre com esta nota, para que fique claro, e como todos os outros já sabem: quem prevaricar será afastado”, sublinhou.
André Ventura argumentou que esta é uma mensagem que pode dar e que Luís Montenegro, primeiro-ministro e presidente do PSD, e Pedro Nuno Santos, líder do PS, “não podem”.
Nas eleições legislativas do ano passado o Chega obteve 18,07 % dos votos, correspondente a mais de um milhão de boletins, e elegeu 50 deputados, tendo terminado a legislatura com 49 depois de Miguel Arruda ter passado à condição de não inscrito.
O parlamentar, eleito nas listas do Chega pelo círculo dos Açores, foi acusado de oito crimes de furto qualificado, por alegadamente ter levado malas dos tapetes de bagagens do aeroporto nas viagens entre Lisboa e São Miguel.
De acordo com o mapa-calendário divulgado pela Comissão Nacional de Eleições (CNE, as candidaturas às eleições legislativas antecipadas de 18 de maio devem ser apresentadas até ao 41.º dia anterior à data das eleições, ou seja, hoje, ao juiz presidente do tribunal da comarca com sede na capital do círculo eleitoral.
ARL (FM) // SF
Lusa/Fim
By Impala News / Lusa
Siga a Impala no Instagram