Votação arranca em Singapura com partido no poder a tentar reforçar domínio

Os cidadãos de Singapura começaram às 08:00 (01:00 em Lisboa) a votar em eleições gerais nas quais o Partido de Ação Popular (PAP), que governa desde 1965, tenta fortalecer o seu domínio

Votação arranca em Singapura com partido no poder a tentar reforçar domínio

As mesas de voto estão abertas até às 20:00 (13:00 em Lisboa), e o voto é obrigatório para quase 2,7 milhões de eleitores, dos cerca de seis milhões de habitantes da ilha.

Os resultados são esperados por volta da meia-noite (15:00 em Lisboa).

Estas eleições, que se realizam na sombra da guerra comercial, são vistas como um referendo à nova liderança do PAP, uma vez que uma vitória da oposição seria sem precedentes na ilha semi-autocrática.

Isto apesar de o PAP ter sofrido um revés nas eleições de 2020 devido ao crescente descontentamento dos eleitores com o Governo, que desde a independência é controlado pelo mesmo partido.

Nas eleições de 2020, realizadas durante a pandemia de covid-19, o PAP manteve a maioria absoluta, com 83 dos 93 assentos parlamentares, mas perdeu lugares para a oposição, que aumentou a representação parlamentar de seis para 10, a maior já registada.

O parlamento de Singapura foi dissolvido em 15 de abril, abrindo caminho para eleições gerais nas quais o primeiro-ministro Lawrence Wong, que tomou posse como quarto líder de Singapura em maio de 2024, quer conquistar uma vitória mais robusta.

Wong sucedeu Lee Hsien Loong, que renunciou após duas décadas no comando do país.

A saída de Lee marcou o fim de uma dinastia familiar iniciada pelo seu pai, Lee Kuan Yew, o primeiro líder de Singapura que transformou a ilha numa das nações mais ricas do mundo durante os 31 anos que esteve no cargo.

Esta será a primeira eleição em que não haverá um membro da família Lee a concorrer.

Cair abaixo dos 60% seria considerado um quase fracasso para o partido, que teria de se reinventar após décadas de sucesso com base na liberalização económica e nas liberdades restringidas.

A maior ameaça ao PAP é o Partido dos Trabalhadores, da oposição, que está a tentar capitalizar o descontentamento público sobre questões como o elevado custo de vida.

O líder do Partido dos Trabalhadores, Pritam Singh, fez campanha por um “parlamento mais equilibrado, com mais vozes e opções credíveis”, apresentando 26 candidatos, incluindo um antigo advogado do banco central e um antigo diplomata.

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By Impala News / Lusa

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