Estes são os 10 animais que vivem mais tempo

Nesta lista vai encontrar animais que vivem centenas de anos e até milénios. Se acha que as tartarugas são um deles, está enganado!

Os animais de maior longevidade têm recursos que permitem retardar e por vezes até parar ou reverter o processo de envelhecimento. Se para os seres humanos o limite absoluto” está fixado nos 150 anos, a lista que se segue mostra que estamos muito longe da longevidade de vários animais. A maioria vive na água, muitas vezes a grandes profundidades onde as condições são estáveis e consistentes. Os cientistas não conseguem registar o nascimento e a morte de cada membro de uma espécie, pelo que normalmente estimam a duração máxima de vida com base no que se sabe sobre a biologia de uma espécie.  Alguns vivem séculos, outros… milénios!

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Os 10 animais que vivem mais tempo

10 As baleias-da-gronelândia são os mamíferos com maior longevidade. A longevidade exacta é desconhecida. Porém, de acordo com Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), há provas que apontam para que vivam mais de 100 anos. Talvez mais de 200. As baleias têm mutações num gene chamado ERCC1, que está envolvido na reparação do ADN danificado, que pode ajudar a proteger as baleias do cancro, uma potencial causa de morte. Além disso, outro gene, chamado PCNA, está envolvido no crescimento e reparação celular.

9 – O rougheye rockfish é um dos peixes de maior longevidade, com uma esperança de vida de pelo menos 205 anos, dá conta o Departamento de Peixe e Vida Selvagem de Washington. Estes peixes rosados ou acastanhados vivem no Oceano Pacífico e crescem até 97 centímetros. A sua alimentação baseia-se em camarão e peixes mais pequenos, de acordo com o Comité sobre o Estatuto da Vida Selvagem em Perigo no Canadá.

8 – Os mexilhões de água doce são bivalves que filtram partículas de alimentos da água. Vivem principalmente em rios e riachos e podem ser encontrados na Europa e América do Norte. O mexilhão mais antigo conhecido tinha 280 anos, segundo o Fundo Mundial para a Natureza. Por norma, vivem mais de 250 anos. Estes invertebrados são uma espécie em vias de extinção. A população está a diminuir devido a uma variedade de factores relacionados com o homem, incluindo danos e alterações nos habitats fluviais de que dependem.

Há um tubarão na lista

7 – Os tubarões da Gronelândia vivem nas profundezas dos oceanos Ártico e Atlântico Norte. Podem crescer até aos 7,3 metros e têm uma dieta que inclui uma variedade de outros animais, incluindo peixes e mamíferos marinhos como as focas, de acordo com o Observatório St. Lawrence Shark. Um estudo de 2016 sobre tecido ocular de tubarão da Gronelândia, publicado na revista Science, estima que tenham uma esperança de vida máxima de pelo menos 272 anos. O maior tubarão desse estudo teria cerca de 392 anos. Os investigadores sugeriram que os tubarões poderiam chegar até aos 512 anos. Ainda assim, são os vertebrados com maior longevidade na Terra.

6 – Os vermes tubulares são invertebrados que vivem no fundo do oceano. Alguns vivem em redor de respiradouros hidrotermais, mas as espécies mais longevas são encontradas em ambientes mais frios. Um estudo de 2017 publicado na revista The Science of Nature descobriu uma espécie no Golfo do México que vive normalmente até 200 anos, e alguns espécimes sobrevivem durante mais de 300 anos. Os vermes tubulares têm um metabolismo lento e poucas ameaças naturais (como os predadores), o que tem ajudado estas criaturas a evoluir durante um período de vida tão longo.

5 – Amêijoas de quahog habitam o Oceano Atlântico Norte. Esta espécie de água salgada pode viver mais de 500 anos, de acordo com o Museu Nacional de Gales, no Reino Unido. Foi encontrada uma com 507 anos e batizada de Ming. Isto porque nasceu em 1499, quando a dinastia Ming governou a China (de 1368 a 1644). “Nas águas mais frias que rodeiam a Islândia, têm um metabolismo mais lento e por isso crescem lentamente, podendo mesmo viver mais de 507 anos”, pode ler-se no site do museu.

Dos séculos para os milénios

4 – Os corais parecem rochas e plantas coloridas e subaquáticas, mas na realidade são constituídos por exosqueletos de invertebrados chamados pólipos. Estes multiplicam-se e substituem-se continuamente criando uma cópia geneticamente idêntica. Tal faz com que a estrutura do exosqueleto de coral cresça cada vez mais. Os corais são constituídos por múltiplos organismos idênticos, em vez de serem um único organismo, pelo que o tempo de vida de um coral é mais um esforço de equipa. Os corais negros de águas profundas estão entre os corais com maior longevidade. Os espécimes de coral negro encontrados ao largo da costa do Havai foram radiocarbonados com 4.265 anos.

3 – Esponjas-de-vidro são constituídas por colónias de animais, semelhantes aos corais, e podem também viver durante milhares de anos. Os membros deste grupo encontram-se frequentemente no oceano profundo e têm esqueletos que se assemelham ao vidro, daí a denominação. Um estudo de 2012 publicado na revista Chemical Geology estima que uma esponja-de-vidro pertencente à espécie Monorhaphis chuni tinha cerca de 11 mil anos. Outras espécies de esponjas podem ser capazes de viver ainda mais tempo.

Imortalidade

2 – Turritopsis dohrnii é conhecida como medusa imortal já que tem potencial para viver para sempre. As medusas começam a vida como larvas antes de se estabelecerem no fundo do mar e de se transformarem em pólipos. Estes pólipos produzem alforrecas. Estas são especiais na medida em que podem voltar a transformar-se em pólipos se forem fisicamente danificadas ou esfomeadas, de acordo com o Museu Americano de História Natural e mais tarde voltam ao seu estado de medusas. Podem inverter o ciclo de vida inúmeras vezes e, como tal, nunca podem morrer de velhice. Porém, face ao seu tamanho – 4,5 milímetros  – correm o sério risco de serem comidos por outros animais.

1 – Hydra é um grupo de pequenos invertebrados que se assemelham a medusas e que, como T. dohrnii, têm o potencial de viver para sempre. Estes invertebrados são em grande parte constituídos por células estaminais, que se regeneram continuamente através de duplicação ou clonagem, para que não se deteriorem à medida que envelhecem.

Fotos: Shutterstock e YouTube

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