Aos seis meses, a pequena Kylie Overfield respira sozinha pela primeira vez. Nascida com a rara condição genética pulmonar ‘deficiência de surfactante B’ passou pela complicada, mas bem sucedida, cirurgia de um duplo transplante de pulmões e “está a reagir bem”.

Kylie tornou-se num dos bebés vivos mais velhos com a condição e é a segunda em todo o mundo a sobreviver tanto tempo. Com apenas três meses, entrou em fila de espera para o transplante e, dois meses depois, encontrou finalmente um doador compatível.

A recuperação tem sido “animadora, com resultados positivos em todos os testes”. “Agora, tem a vida pela frente, uma oportunidade real”, diz a mãe, Ashley Overfield.

A condição de Kylie afeta o revestimento do tecido pulmonar e torna a respiração extremamente difícil. Os médicos não acreditavam que Kylie sobrevivesse aos primeiros dias de vida, mas todas as probabilidades foram desafiadas. Em casos como o dela, a expectativa de vida sem transplante de pulmões é de aproximadamente de três a cinco meses.

Transplante de pulmões durou 11 horas

Kylie foi operada em 17 de abril, durante “11 horas”. “Mais de uma dúzia de médicos e enfermeiros trabalharam incansavelmente para dar a Kylie uma nova oportunidade de vida” e, além do transplante, “foi-lhe reparado um buraco no coração”. Kylie “impressionou os médicos”. Sinceramente, acredito que está muito bem por causa das orações de todos”, escreveu a mãe nas redes sociais.

Nos últimos dez anos, apenas 35 transplantes de pulmões foram realizados em bebés com menos de um ano de vida nos Estados Unidos da América. Após o transplante, Ashley sabe que outra família teve de despedir-se de um bebé.

“Antes de mais, à família do doador, quero dizer o quanto lamento a perda. O meu coração está convosco e muito obrigada pela decisão. Espero que vos traga um pouco de paz saberem que salvaram uma vida e saibam que oro diariamente por vocês”, agradece. Kylie recuperou no hospital, antes de ter tido alta, e faz agora parte do dia a dia dos Overfield, uma família com uma vida ‘normal’.

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