Bilionários querem congelar os cérebros para viverem mais tempo e esta não é a única tendência

Há muito que os bilionários pensam numa forma de viver mais tempo. Congelar o cérebro, transfusões de sangue e gravar a personalidade num computador são algumas das novas tendências.

Bilionários querem congelar os cérebros para viverem mais tempo e esta não é a única tendência

Existem muitas diferenças entre ricos e pobres. Uma delas, talvez a mais evidente, é a facilidade com que os primeiros podem comprar praticamente tudo o que quiserem. Isto enquanto os segundos acabam por apenas sonhar com muitas coisas. Uma destas coisas pode ser o desejo da vida eterna. Se aqueles que têm menos posses financeiras acabam por apenas entregar esta ambição aos seus sonhos, já os bilionários estão a investir dinheiro numa forma que permita viver muito mais além do que a esperança média de vida, que oscila entre os 70 e 80 anos.

Uma transfusão de sangue de um jovem pode custar 234 mil euros

Este é o caso de Peter Thiel, cofundador do PayPal. O bilionário está a investir em start-ups dedicadas à investigação clínica de modo a prolongar a esperança de vida. Uma dessas empresas é a Ambrosia. Esta empresa é especialista em transfusões de sangue experimentais de “vampiros”. Ou seja, colocam sangue de jovens em pessoas mais velhas. Segundo a ABC Finance, o preço de um teste pode oscilar entre os 6500 e os 234 mil euros. Testes realizados em ratos correram bem, sendo que não se pode dizer o mesmo dos efetuados em humanos. Aliás, a Food and Drug Administration fez mesmo saber que este processo pode ser “potencialmente prejudicial”.

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Aqueles que não são fãs de transfusões podem pensar em congelar o corpo, de modo a adiar a morte. Algo que, por exemplo, pode ser visto no filme Homem Demolidor, de 1993, cuja foto de Sylvester Stallone crio preservado ilustra este artigo. Recuando no tempo, encontramos o rumo de que Walt Disney teria sido congelado antes de morrer, vítima de morte de cancro do pulmão, em dezembro de 1966.

Foi em 1967 que um homem foi congelado pela primeira vez

Saindo dos boatos e entrando nos factos, foi em 1967 que foi congelado o primeiro homem. Ainda assim, até à data, nenhuma pessoa voltou a viver depois de ter sido congelada. Mas desde então que várias pessoas (ou partes do corpo, como cabeças) foram congeladas. Voltando a Peter Thiel, o bilionário quer ser congelado no momento da morte. Tal como Luke Nosek (cofundador do PayPal) e do apresentador norte-americano Larry King.

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Mais uma vez, este é um desejo que não está ao alcance de todos. A Alcor Life Extension, empresa especializada neste tipo de serviço, é de 166 mil euros, caso queira congelar o corpo inteiro. Por exemplo, caso deseje congelar apenas a cabeça, o valor baixa para 67 mil euros. Se não vive sem o seu animal de estimação, existe uma empresa que presta este serviço aos amigos de quatro patas. Congelar um cão ou gato pode custar 4300 euros, enquanto um pássaro fica por 829 euros.

Existem empresas que também congelam os animais de estimação

Se até este momento está a torcer o nariz, fique a conhecer mais uma opção que está a encantar os bilionários. Esta é ainda mais radical e passa por gravar a sua personalidade humana num computador. Fazendo depois com esta gravação se transforme num ser vivo e consciente. O Neuralink, um dispositivo criado por Elon Musk, o dono da Tesla, promete registar toda a produção de um cérebro humano. Existem depois empresas, como é o caso da Terasem Movement Foundation, que estão a trabalhar na melhor forma de transformar as gravações em personalidades realmente funcionais. Até ao momento, este processo é visto como sendo “100%” fatal. Nada que assuste Sam Altman. É que o bilionário é uma das 25 pessoas que já pagaram um depósito de 8300 euros à OpenAI para que os seus pensamentos sejam gravados num disco.

No futuro, os bilionários podem viver mais 20 anos do que os pobres

Tudo isto leva o futurólogo norte-americano Paul Saffo a prever um futuro diferente para ricos e pobres. “Às vezes pergunto-me se os muito ricos podem viver, em média, mais 20 anos do que os mais pobres”, diz ao Daily Star. “São mais 20 anos de ganhos e economias. Pense na riqueza, no poder e nas vantagens que pode passar para os seus filhos”, conclui.

Texto: Bruno Seruca; Foto: Reprodução IMDB

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