Bombardeamentos Israelitas contra Gaza fizeram 79 mortos
Pelo menos 79 pessoas morreram hoje de madrugada em Gaza, 53 das quais na cidade de Khan Yunis, em bombardeamentos israelitas à Faixa de Gaza, segundo fontes hospitalares.

As mesma fontes, de hospitais do sul do enclave, indicaram que o número de mortos é ainda provisório, indica a agência de notícias Efe. Um repórter de imagem da agência norte-americana Associated Press, em Khan Yunis, contou 10 ataques aéreos contra a cidade da Faixa de Gaza durante a última noite e viu vários corpos serem levados para a morgue do Hospital Nasser.
Meloni e Macron criticam regime extremista de Netanyahu
Tratou-se da segunda noite consecutiva de bombardeamentos de grande intensidade, que levou a primeira-ministra italiana, Georgia Meloni, a considerar ontem que a situação humanitária na Faixa de Gaza é “cada vez mais dramática e injustificável”, afirmando discordar das “propostas recentes” de Israel de intensificar a ofensiva no enclave palestiniano. Os ataques ocorrem no momento em que o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, visita o Médio Oriente, indo a Estados do Golfo, mas não a Israel.
Também o presidente francês lançou duras críticas ao regime extremista de Netanyahu. “O que o Governo de Benjamin Netanyahu está a fazer é inaceitável”. Em termos da situação humanitária, “é uma vergonha”, afirmou Macron, acrescentando que “não cabe a um Presidente dizer que é um genocídio, mas sim aos historiadores”.
Médicos do Mundo acusa Israel de usar desnutrição aguda como arma de guerra
Após 18 meses de guerra entre Hamas e Israel, a Faixa de Gaza atingiu níveis de desnutrição “comparáveis aos observados em países que enfrentam crises humanitárias prolongadas que duram décadas, como Iémen ou Nigéria”, disse a Médicos do Mundo (MDM) na terça-feira. Num relatório baseado em dados de seis centros de saúde de Gaza, a MDM aponta uma ligação entre o aumento das taxas de desnutrição e a diminuição dos volumes de ajuda que entram no território palestiniano.
Em novembro, por exemplo, foi observado um pico de desnutrição infantil de 17%, período que coincide com uma redução significativa no fluxo de ajuda humanitária. A ajuda entra principalmente por corredores humanitários entre a Faixa de Gaza e Israel. O de Rafah, na fronteira com o Egito, está inoperante desde que a cidade foi capturada pelo exército israelita na primavera de 2024.
Siga a Impala no Instagram