Pelo menos 735 milhões de pessoas foram afetadas pela fome em 2022, de acordo com o relatório mais recente da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

Em nenhum lugar o problema tem maior escala do que no continente africano. De acordo com a FAO, cerca de 61 por cento da população local sofria de insegurança alimentar moderada (incluindo falta de dinheiro para alimentos saudáveis, problemas de auto-suficiência, necessidade de saltar refeições) ou grave (incluindo falta de reservas alimentares, dias inteiros sem comida) – o que representa um aumento de 9,4 pontos percentuais em relação a 2017 e 4,9 pontos acima do primeiro ano de pandemia de covid-19.

Fome continuará a aumentar em África até 2030

Outras regiões do mundo registaram queda ou estagnação nos níveis de fome desde o início da pandemia, o que causou aumentos generalizados devido a “um padrão desigual de recuperação económica entre os países e perdas de rendimento não recuperadas entre os mais afetados pela pandemia”. A África, porém, testemunha um aumento inabalável.

Olhando para o futuro, a FAO espera que “a maior parte dos progressos ocorra na Ásia, enquanto nenhum progresso está previsto na América Latina e nas Caraíbas”. Prevê-se ainda que a fome “aumente significativamente em África até 2030”.

Statista

Siga a Impala no Instagram