Greve: ENSE aconselha Petrolíferas a reforçar stock
A greve de motoristas de matérias perigosas, que está marcada para dia 12, levou a que a ENSE aconselhasse as petrolíferas a reforças o stock de combustível.
A menos de duas semanas da greve de motoristas de matérias perigosas, marcada para 12 de agosto, a Entidade Nacional para o Setor Energético (ENSE) recomenda «a todos os postos de abastecimento situados em território nacional, o reforço dos stocks de combustível, acautelando desta forma as existências». Neste momento, o nível de risco continua verde, o que indica que tudo está a «funcionar normalmente no Sistema Petrolífero Nacional».
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Greve em abril atingiu o primeiro nível de risco amarelo
Uma vez que o governo ainda não tomou uma decisão sobre os serviços mínimos em vigor, durante a greve, a ENSE salienta que esta «é apenas uma recomendação» e não uma obrigação legal. Em Portugal, as necessidades médias diárias de consumo são de cerca de 2,9 mil toneladas de gasolina e 13,5 de gasóleo, avança o Dinheiro Vivo.
Em abril, data da última greve, a ENSE decretou o primeiro nível de risco amarelo, tendo mais tarde passado a laranja – o segundo mais alto da escala -com a «existência de efeitos negativos no setor». Na altura, o impacto não era crítico, mas poderia ter sido sem «medidas de mitigação do problema». «Deverá existir uma monitorização contínua da situação e serem preparadas medidas cautelares para eventual ativação de urgência», informou a ENSE em abril, durante a greve que durou quatro dias e que levou o governo a decretar o estado de crise energética.
Portugal tem reserva para 90 dias
Desta vez, se a greve durar mais dias, o nível de risco poderá chegar a vermelho, o que equivale a uma «grande disrupção no setor petrolífero que leva à necessidade de utilização das reservas petrolíferas e à ativação do estado de emergência», avança a mesma publicação. Se chegar a este ponto, toda a operação comercial de distribuição e venda de combustíveis deixa de ser controlada pelas empresas do setor e passa a ser do controlo do governo e da ENSE. As reservas de combustíveis ultrapassam os 2,5 milhões de toneladas, que equivalem a 90 dias tendo em conta o consumo atual do País, e estão prontas a serem usadas.
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