Dois franceses foram presentes a tribunal, em Ardenas, no norte de França, acusados ​​de agressão agravada, depois de, alegadamente, terem usado um compressor para injetarem ar no reto de um amigo e colega de trabalho. A vítima, um homem na faixa dos trinta anos, sofreu ferimentos graves e perfuração intestinal, o que o deixou impossibilitado de trabalhar por mais de oito dias, de acordo com a France 3. O incidente ocorreu em outubro de 2023 numa instalação na fronteira franco-belga que produz ferramentas para a indústria siderúrgica.

Os autores da agressão foram despedidos e, se forem condenados, poderão ter de cumprir até cinco anos de prisão efetiva. As autoridades determinaram após a investigação que a vítima sofreu “mutilação” e “incapacidade permanente” por “agressão intencional”. A empresa onde se deu o incidente, a AFS Sedan, diz-se totalmente alheia ao caso, mas pode, em resultado da primeira sessão do julgamento, também pode ser responsabilizada. O tribunal criminal de Charleville-Mézière decidiu adiar o julgamento até junho deste ano para que AFS Sedan pudesse ser intimada a comparecer em tribunal.

Injeção de ar no reto da vítima provocou-lhe “perfuração intestinal”

Entre as “consequências horríveis da injeção de ar” está a “perfuração intestinal”, tendo resultado num “orifício na parede do intestino delgado e no cólon que permite que o conteúdo do intestino vaze para o abdómen”. A vítima passou a sofrer, de acordo com a acusação, “fortes dores abdominais ou cólicas. Os compressores de ar retiram o ar do ambiente e comprimem-no, “processo frequentemente usado para alimentar ferramentas como perfuradoras pneumáticas ou para produzir embalagens hermeticamente fechadas”, explicou a defesa.

“A administração da AFS Sedan foi informada da urgência do acidente pessoal que envolvia um dos seus funcionários enquanto estava ao serviço da fábrica. Os nossos pensamentos estão com ele e a sua família. Este incidente não esteve diretamente relacionado com o desempenho das suas funções. Foi iniciada uma investigação externa e apresentará as suas conclusões”, declarou em comunicado a empresa na altura dos acontecimentos

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