Homem que fez 1.º transplante de rosto arranja namorada e comemora a vida
Passaram cinco anos desde que fez o transplante de rosto e reencontrou o amor. A namorada, enfermeira, sente-se felizarda por tê-lo conhecido.
O homem que fez o primeiro transplante de rosto do mundo encontrou namorada e diz-se apaixonado. Cinco anos após as primeiras cirurgias e a tragédia que quase o matou, Joe DiMeo, de 24 anos, comemora esta nova fase da vida.
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Aos 19 anos, ficou com 80% do corpo queimado na sequência de um acidente de viação, em 2018, e foi submetido a 20 dolorosas cirurgias plásticas reconstrutivas e enxertos de pele. Além do rosto, foram-lhe reconstruidos os membros superiores e inferiores. Em 2020, após 23 horas na mesa de operação, fez a cirurgia pioneira: recebeu o rosto de um homem de 48 anos vítima de Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Mesmo com o transplante de rosto, Joe considera-se o mesmo
“Quando sofri as queimaduras e as operações que se seguiram, não procurava propriamente por amor, mas sempre estive confiante de que isso pudesse um dia acontecer. Afinal, sou o mesmo por dentro. Nada mudou, além da minha pele”, diz Joe. Nas redes sociais, Joe tem agora muitas imagens dele com a namorada, Jessica, enfermeira.
Joe e Jessica Koby, de 32 anos, aproximaram-se quando ela se interessou por saber como estava o jovem e o que ele sentia hoje. Trocaram mensagens pelo Instagram e, depois, descobriram o muito que os aproximava. Jessica afirma que encontro em Joe o amor da vida dela.
“Amo o Joe por dentro e por fora porque ele é um tipo engraçado. Ele sabe o que quer da vida e é muito maduro para a idade. É gentil. Gentil e tão corajoso”, afirma. “Apesar de tudo o que passou, continua positivo e leve”, diz.
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Adormeceu ao volante e despistou-se
Em 2018, Joe adormeceu ao volante a caminho de casa depois de ter trabalhado no turno da noite num laboratório de testes de alimentos em Hillside. O carro, um Dodge Challenger, saiu da estrada, capotou e incendiou-se. Foi o suficiente ficar com 80% do corpo queimado, os dedos amputados e perder as pálpebras.
“Eu estava preparado para o transplante de rosto quando mo propuseram. Não queria viver daquela forma”, afirma. Na altura, ironizou: preferia um rosto feminino para não ter de barbear-se. “Não foi estranho receber o rosto de alguém com quase o dobro da minha idade porque eu estava completamente pronto para recomeçar a minha vida”, diz.
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Equipa de 140 profissionais de saúde devolveram-lhe a esperança
Uma equipa de 140 cirurgiões, enfermeiros e profissionais de suporte e de apoio reuniu-se para fazer a série de cirurgias reconstrutivas e a mais importante delas: o transplante de rosto. “Nunca tive nenhum contacto com a família ou amigos do doador”, conta.
Hoje, toma 15 comprimidos por dia para impedir que os transplantes sejam rejeitados. Voltou a conduzir, mas continua em recuperação. “Depois da cirurgia, não conseguia fazer nada. Mas agora sinto-me com 50% das minhas capacidades.”
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