Israel liberta colonos suspeitos de violência na Cisjordânia
O ministro israelita da Defesa, Israel Katz, anunciou hoje a libertação de colonos extremistas em detenção administrativa por suspeitas de violência contra palestinianos na Cisjordânia.
“À luz da esperada libertação de terroristas da Judeia e Samaria (Cisjordânia) como parte do acordo de libertação de reféns, decidi libertar colonos presos em detenção administrativa”, anunciou Katz numa declaração hoje.
Os colonos israelitas não foram acusados formalmente pela justiça israelita.
“É melhor que as famílias dos colonos judeus estejam (mais) felizes do que as famílias dos terroristas libertados”, acrescentou o ministro, referindo-se aos mais de mil prisioneiros palestinianos que vão ser libertados na primeira fase do cessar-fogo em troca de 33 reféns.
No final de novembro, Katz aboliu o regime de detenção administrativa para os colonos da Cisjordânia ocupada, permitindo que seja utilizada apenas aos palestinianos.
O regime de prisão preventiva permite o prolongamento durante meses ou anos sem que os detidos recebam uma acusação formal ou uma audiência em tribunal.
Durante o mandato do antigo ministro da Defesa, Yoav Gallant, foram emitidas 16 ordens de detenção administrativa contra israelitas judeus e, destes, sete ainda estavam detidos na altura.
Em contrapartida, cerca de 3.376 palestinianos estão detidos em prisão administrativa, enquanto outros 1.886 estão classificados como “combatentes ilegais”, o que também permite a detenção sem acusação ou julgamento, segundo dados recentes da organização não-governamental israelita HaMoked.
PSP //APN
By Impala News / Lusa
Siga a Impala no Instagram