Libertada jovem condenada a prisão perpétua por matar pedófilo
Hoje, aos 31 anos, e depois de 15 anos a cumprir prisão, Brown é libertada. «Prometo que não vos vou desiludir», afirmou aos magistrados em tribunal.
Cyntoya Brown foi durante vários anos vítima de abusos sexuais e só conseguiu pôr termo aos crimes quando matou o agressor a tiro. Como consequência, a jovem foi detida e condenada a prisão perpétua com apenas 16 anos. Hoje, aos 31 anos, e depois de 15 anos a cumprir prisão, Brown é libertada. «Prometo que não vos vou desiludir», afirmou aos magistrados em tribunal.
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A jovem vai ficar em liberdade condicional durante os próximos 10 anos e já tem planos para o que a espera fora das grades. Cyntoya vai assinar um contrato com uma editora para lançar um livro de memórias. Durante os anos em que esteve presa, licenciou-se e desenvolveu um projeto para ajudar vítimas de abusos sexuais.
Cyntoya Brown: «Não aguentava mais ser violada»
O crime remonta a 2004, altura em que matou Johnny Mitchell Allen, um agente imobiliário de 43 anos, que a comprou por 150 dólares. O homem violava-a repetidamente e obrigava-a a prostituir-se. Cyntoya confessou o crime e contou que disparou porque «não aguentava mais ser violada». «Achava que ele me ia bater, mas depois ele virou-se e tentou apanhar algo perto da cama. Foi então que pensei: ‘Ele vai buscar a arma’», contou a jovem em 2011, no documentário sobre a sua vida, da cadeia de televisão, PBS Enfrentando a Vida: a História de Cyntoya. «Eu agarrei na arma e dei-lhe um tiro.»
Se o julgamento ocorresse hoje, Brown seria julgada como uma vítima de tráfico sexual.
No julgamento, o ato da rapariga não foi considerado autodefesa. Cyntoya explicou que roubou o dinheiro por ter medo de regressar sem nada para junto do seu proxeneta. Apesar dos 16 anos, a adolescente foi julgada como adulta e, por isso, condenada a pena máxima – prisão perpétua. A sentença prevista inicialmente indicava que a jovem só poderia sair em liberdade condicional quando cumprisse 69 anos. Depois de ser divulgado o documentário sobre a vida da jovem, a polémica reacendeu-se e várias celebridades juntaram-se para apelarem à sua liberdade. Quando o advogado Charles Bone viu o programa, assumiu a defesa da jovem e pediu novo julgamento, onde pudesse testemunhar. Cyntoia foi impedida de prestar declarações no julgamento que a condenou a prisão perpétua e acredita que se o tivesse feito não teria sido condenada. Se o julgamento ocorresse hoje, Brown seria julgada como uma vítima de tráfico sexual.
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