Mais de 630 operacionais e oito meios aéreos combatem chamas em Murça
Mais de 630 operacionais e oito meios aéreos combatem hoje o incêndio que começou no domingo em Murça e se estendeu aos concelhos de Vila Pouca de Aguiar e de Valpaços, no distrito de Vila Real.
Mais de 630 operacionais e oito meios aéreos combatem hoje o incêndio que começou no domingo em Murça e se estendeu aos concelhos de Vila Pouca de Aguiar e de Valpaços, no distrito de Vila Real. De acordo com informação disponível às 10:00 no ‘site’ da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), estão mobilizados para o incêndio que deflagrou em Cortinhas, no concelho de Murça, 637 operacionais, 219 meios terrestres e oito meios aéreos.
O incêndio começou no domingo à tarde em Cortinhas, no concelho de Murça, e nesse mesmo dia passou para o concelho de Vila Pouca de Aguiar. Na segunda-feira avançou para Valpaços. “Os danos são enormes. Vim do posto de comando de Vila Pouca de Aguiar para aqui e vi sempre em área ardida”, referiu na segunda-feira o presidente da Câmara de Vila Pouca, Alberto Machado.
O autarca falava aos jornalistas após deslocar-se a Murça, onde está instalado um posto de comando da Proteção Civil, para participar num briefing com autarcas e com as várias forças envolvidas nesta ocorrência. “Estamos a falar numa área já superior a 3.000 hectares e dentro dessa uma área significativa de povoamento de pinheiro-bravo e de souto”, destacou, referindo-se à área conjunta dos municípios de Vila Pouca de Aguiar e Murça.
Na segunda-feira, o fogo obrigou à retirada de cerca de 300 populares de várias aldeias de Murça por precaução.
O presidente da Câmara de Murça, Mário Artur Lopes, referiu serem habitantes das aldeias de Valongo de Milhais, Ribeirinha, Penabeice, Mascanho, paredes e Vale de Égua. Na tarde de segunda-feira, um casal de idosos foi encontrado morto num carro carbonizado, após um acidente rodoviário que ocorreu numa zona ardida no concelho e que está a ser investigado pela GNR. Segundo a proteção civil, o casal sofreu “um despiste seguido de capotamento”.
O Governo decide hoje se prolonga a situação de alerta devido ao risco de incêndio rural, que termina às 23:59, ou se volta a ativar a contingência, que esteve em vigor até domingo durante sete dias. Na última semana, o país enfrentou temperaturas elevadas e o dia mais quente foi 13 de julho, em que quase todos os distritos estiveram sob aviso vermelho, o mais grave emitido pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Também foi em 13 de julho que a ANEPC registou o maior número de incêndios rurais este ano, num total de 193.
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