Marlène Schiappa: Playboy com secretária de Estado francesa esgota em 3 horas
Marlène Schiappa, secretária de Estado francesa de 40 anos aceitou o desafio da Playboy e a revista não tem mãos a medir com tanta procura.
No início do mês, ficou-se a saber que Marlène Schiappa, secretária de Estado francesa aceitou posar para a versão francesa da Playboy. Naturalmente, as críticas foram mais que muitas. A verdade é que os resultados foram estrondosos. Em apenas três horas, os 100 mil exemplares impressos foram comprados. A forte procura levou à produção de mais 60 mil. Para se ter noção, a tiragem média da revista é de 30 mil exemplares.
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Estalou a polémica
A autora feminista, de 40 anos e no governo de Emmanuel Macron desde 2017, já viu o seu nome associado a muitas polémicas. Que costumam aborrecer os partidos de direita. Só que neste caso, as críticas alargam-se à esquerda e a maioria defende que a secretária de Estado da Economia Social errou ao aceitar ser a protagonista de um artigo de 12 páginas para a revista masculina. No qual aborda temas como direitos das mulheres e dos homossexuais bem como o aborto. “Defender o direito das mulheres de fazerem o que quiserem com os seus corpos: em todo o lado, a toda a hora”, partilhou Marlène Schiappa. “Em França as mulheres são livres. Quer isso incomode os retrógrados e hipócritas ou não”, acrescenta.
On vous dévoile la séance photo de Marlène Schiappa dans
Playboy 👇 pic.twitter.com/tctykrsxtq pic.twitter.com/0K3MfxtZqp
— Osvaldo Bk (@mzbtv21) April 12, 2023
“Não é nada apropriado”, terá dito a primeira-ministra
No governo francês existem muitas pessoas que entendem que esta opção foi um erro. Até porque acontece numa altura de manifestações bastante violentas que visam o plano de aumentar a idade da reforma em dois anos. Há quem acuse a secretária de Estado de passar uma mensagem errada com esta postura. De acordo com a AFP, a primeira-ministra Elisabeth Borne ligou a Marlène para dizer que “não é nada apropriado, especialmente no período atual”.
“Onde está o respeito pelo povo francês? Pessoas que vão ter de trabalhar mais dois anos, que se estão a manifestar, que estão a perder dias de salário, que não estão a conseguir comer por causa da inflação?”, foi a reação de Sandrine Rosseau, deputada dos Verdes e ativista dos direitos das mulheres. “Os corpos das mulheres devem poder ser expostos em qualquer sítio, não tenho um problema com isso, mas há um contexto social”, acrescenta.
“A Playboy não é uma revista de pornografia”
Já a Playboy defende a opção para a capa. Afirmando que Schiappa foi, entre as ministras do governo, a “mais compatível com a Playboy. Porque está ligada aos direitos das mulheres. E entendeu que não é uma revista para velhos machos mas que poderia ser um instrumento para a causa feminista”, defende o editor Jean-Christophe Florentin à AFP. “A Playboy não é uma revista de pornografia. Mas uma publicação de 300 páginas que é intelectual e está na moda”, salienta. Realçando que ainda “há algumas mulheres nuas, mas não na maioria das páginas”.
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Fotos: Reprodução Instagram
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