Novo balanço de 632 mortos no sismo em Marrocos
O número de vítimas no forte sismo que abalou Marrocos na sexta-feira à noite subiu hoje para 632 mortos, segundo um novo balanço divulgado pelo Ministério do Interior marroquino.
Também há 329 feridos, 51 dos quais em estado grave, disse o ministério num comunicado citado pela agência espanhola EFE. O ministério precisou que 290 pessoas morreram na província de Al Haouz, a sul de Marraquexe e perto do epicentro, 190 em Taroudant, 89 em Chichaoua, 30 em Ouarzazate, 13 em Marraquexe, 11 em Azilal, cinco em Agadir, três em Casablanca e uma em Al Youssoufia. O sismo em Marrocos atingiu a magnitude 6,9 na escala de Richter com epicentro na localidade de Ighil, 63 quilómetros a sudoeste da cidade de Marraquexe.
O terramoto, que ocorreu a uma profundidade de 18,5 quilómetros às 23:11 locais (mesma hora em Lisboa), foi sentido em Portugal e em Espanha. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) precisou que foi sentido nos concelhos de Castro Marim, Faro, Loulé, Portimão, Vila Real de Santo António (Faro), Cascais, Lisboa, Torres Vedras, Vila Franca de Xira (Lisboa), Almada, Setúbal e Sines (Setúbal).
Foi ainda sentido com menor intensidade nos concelhos de Coimbra, em Albufeira, Olhão, Silves (Faro), Alenquer, Loures, Mafra, Oeiras, Sintra, Amadora, Odivelas (Lisboa), Santo Tirso, Vila Nova de Gaia (Porto), Santiago do Cacém, Seixal e Sesimbra (Setúbal), acrescentou o instituto. De acordo com as imagens reproduzidas pelos meios de comunicação social, nas redes sociais e por testemunhas, o terramoto causou danos consideráveis em várias cidades.
As imagens mostraram a queda de parte de um minarete na famosa praça Jemaa el-Fna, o coração pulsante de Marraquexe, ferindo duas pessoas. O tremor também foi sentido em Rabat, Casablanca, Agadir e Essaouira, provocando o pânico entre a população. Muitas pessoas saíram para as ruas dessas cidades, temendo que as casas desabassem, de acordo com imagens divulgadas nas redes sociais.
Nas fotografias e vídeos publicados pelos internautas, podem ver-se grandes secções de escombros nas ruas da medina de Marraquexe e carros esmagados pelas pedras, segundo a agência francesa AFP. O centro regional de transfusão de sangue de Marraquexe apelou aos habitantes para que doassem sangue para os feridos.
O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, anfitrião da cimeira do G20 que se realiza este fim de semana em Nova Deli, expressou condolências às famílias das vítimas do terramoto. Modi escreveu nas redes sociais que estava “extremamente triste com a perda de vidas”. O chanceler alemão, Olaf Scholz, também enviou uma mensagem de condolências, referindo-se às “terríveis notícias de Marrocos”.
Em 24 de fevereiro de 2004, um terramoto de 6,3 na escala de Richter abalou a província de Al Hoceima, 400 quilómetros a nordeste de Rabat, causando a morte de 628 pessoas e danos materiais consideráveis. Em 29 de fevereiro de 1960, um terramoto destruiu Agadir, na costa ocidental do país, matando mais de 12 mil pessoas, ou seja, um terço da população da cidade.
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