O primeiro caso da história em que o diabo foi a julgamento
Arne Johnson foi a julgado pelo homicídio do seu senhorio Alan Bono. a defesa evocou possessão demoníaca para justificar os atos, mas há um passado surpreendente. Conheça o caso que inspirou o filme de terror The Conjuring 3 – A Obra do Diabo.
Muitas vezes a realidade supera a ficção e este é um daqueles casos em que esta velha máxima se aplica na perfeição. O filme The Conjuring 3 – A Obra do Diabo, do realizador Michael Chaves, rendeu mais de 200 milhões de euros de receitas e foi um sucesso em cinemas de todo o mundo. O que talvez muitos não saibam é que o filme se inspirou num caso real de um homicídio ocorrido em Connecticut, nos Estados Unidos, em 1981.
Tudo começou no verão de 1980. David Glatzel, de apenas 11 anos, foi ajudar a irmã mais velha, Debbie, e o namorado, Arne Johnson, nas mudanças para a casa que tinham acabado de alugar. Mas, assim que se mudaram, David viu um misterioso ‘homem fantasma‘, que o aterrorizou. O fantasma acabou por se transformar em algo bem mais sinistro. O que começaram por ser pequenas manifestações inexplicáveis – como portas a fecharem, mesas a abanarem ou ruídos estranhos –, evoluíram para ameaças, empurrões, arranhões e hematomas no corpo de David. O fantasma, que falava com a criança, ameaçou roubar-lhe a alma.
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A família decidiu pedir ajuda no momento em que David começou a usar uma voz demoníaca e a ser arranhado por uma mão invisível. É aí que entram em cena os famosos demonólogos Ed e Lorraine Warren. Rapidamente perceberam que a criança estava possuída e precisava de um exorcismo. Durante a cerimónia religiosa viveram-se momentos dramáticos e assustadores relatados pela família e pelos Warrens. David levitou e a certa altura parou de respirar. Foi também durante o exorcismo que Arne Johnson desafiou o demónio a deixar o corpo do menino e a entrar no seu. No final, David recuperou e não houve mais sinais do ‘homem fantasma’.
O dia em que o diabo foi a julgamento
O bem parecia ter vencido a batalha sobre o mal. Mas, tal como nos filmes de terror, quando parece que tudo terminou bem há ainda tempo para um susto final. E foi o que aconteceu. Apesar das boas intenções de Arne Johnson, o resultado do desafio àquela entidade maléfica foi catastrófico. Cinco meses depois, após uma festa, envolveu-se numa discussão com o seu senhorio, Alan Bono, e esfaqueou-o até à morte. Mais tarde afirmou não se lembrar de nada do incidente. Terá Arne Johnson agido de acordo com seus próprios impulsos violentos? Ou estava possuído por um demónio?
Quando o caso chegou a tribunal não tinha nada para saltar à vista da imprensa, exceto quando a defesa evocou possessão demoníaca para justificar os atos de Johnson. Formou-se rapidamente uma avalanche mediática e o caso ganhou atenção internacional. Como crente, o advogado Martin Minnella tornou-se no primeiro advogado a tentar provar a existência do diabo. E pela primeira vez na história dos Estados Unidos, o diabo foi julgado e o mundo segurou a respiração. Agora, 40 anos depois, o Investigation Discovery emite o documentário Shock Docs: The Devil Made Me Do It, que conta os testemunhos impactantes daqueles que viveram na primeira pessoa este caso arrepiante, incluindo Arne Johson e Lorraine Warren. A estreia está marcada para as 23h00 deste sábado, 10 de outubro.
Fotos: ID
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