ONU diz que mais de 16 milhões de sírios precisam de ajuda humanitária
Mais de 16 milhões de pessoas precisam de ajuda humanitária na Síria, alertou hoje a Organização das Nações Unidas (ONU), apelando à comunidade internacional para que aumente o financiamento para custear alojamento, saneamento e alimentação.
Em conferência de imprensa, Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que “mais de 16 milhões de pessoas estão a precisar de ajuda na Síria” e que o número deverá aumentar, tendo em conta os acontecimentos do fim de semana, com a tomada de Damasco pelos rebeldes.
A ONU lembra que “pelo menos um milhão de pessoas, sobretudo mulheres e crianças, estão deslocadas” na Síria e que a ajuda humanitária no país tem sido dificultada pela limitação de circulação nas principais vias ou por saques.
“O plano de resposta humanitária de quatro mil milhões de dólares tem pouco mais de 30% de financiamento obtido”, disse Dujarric em conferência de imprensa.
Os rebeldes declararam hoje Damasco ‘livre’ do Presidente Bashar al-Assad, após 12 dias de ofensiva de uma coligação liderada pelo grupo islâmico Organização de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al Sham ou HTS, em árabe), juntamente com outras fações apoiadas pela Turquia, derrubar o governo sírio.
O Presidente sírio, que esteve no poder 24 anos, deixou o país perante a ofensiva rebelde e asilou-se na Rússia, segundo as agências de notícias russas TASS e Ria Novost.
Rússia, China e Irão manifestaram preocupação pelo fim do regime, enquanto a maioria dos países ocidentais e árabes se mostrou satisfeita por Damasco deixar de estar nas mãos do clã Assad.
No poder há mais de meio século na Síria, o partido Baath foi, para muitos sírios, um símbolo de repressão, iniciada em 1970 com a chegada ao poder, através de um golpe de Estado, de Hafez al-Assad, pai de Bashar, que liderou o país até morrer, em 2000.
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By Impala News / Lusa
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