Operação da PJ resulta em 26 detidos envolvidos em ‘phishing’ bancário de milhões

Vinte e seis pessoas foram hoje detidas pela PJ numa operação contra o cibercrime relacionada com burla e falsidade informática, falsificação de documento, acesso ilegítimo, branqueamento de capitais e associação criminosa e que causou milhões de euros em prejuízos.

Operação da PJ resulta em 26 detidos envolvidos em 'phishing' bancário de milhões

Segundo um comunicado da Polícia Judiciária (PJ), esta “vasta operação de combate ao cibercrime“, denominada “A 171”, deu cumprimento a 38 mandados de busca domiciliária e não domiciliária e decorreu nos concelhos de Lisboa, Sintra, Mafra, Odivelas, Loures, Seixal, Sesimbra, Setúbal e Marinha Grande, tendo nela participado investigadores e peritos da PJ. Dos 26 detidos, 21 são homens e cinco são mulheres, precisou a Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T) da PJ, que atuou em colaboração com várias outras unidades da PJ e em articulação com a 8.ª Secção do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.

Grupo lesou centenas de vítimas em milhões de euros

Segundo a PJ, o grupo criminoso atuou durante vários meses e terá lesado centenas de vítimas, causando um prejuízo superior a milhões de euros. A PJ ressalva que quer as vítimas quer o valor do prejuízo causado tenderão a aumentar uma vez que ainda falta identificar alguns inquéritos relacionados com esta atuação criminosa. “O `modus operandi´ associado é conhecido como ‘phishing’ bancário e consiste no envio maciço de mensagens, SMS ou e-mail, com aparência de remessa por uma instituição bancária, contendo um texto padrão que induz a vítima a aceder a um endereço eletrónico. Posteriormente, as vítimas eram redirecionadas para um `website´ semelhante à página do seu banco onde colocavam as suas credenciais de acesso do seu serviço `homebanking´”, indica a PJ.

Para garantir o sucesso do crime – esclarece ainda a PJ – as vítimas eram depois contactadas por chamadas de voz, por pessoa que se fazia passar por funcionário bancário, mas cujo único propósito era enganar e validar as transferências bancária ilícitas que tinham sido efetuadas, ou para “contas Mula” previamente abertas, para compra de cartões de crédito recarregáveis, ou compra de divisas estrangeiras, facilitando o branqueamento dos proventos obtidos. Os detidos serão interrogados por um juiz de instrução criminal para aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.

 

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