PJ detém em Lisboa pessoa condenada no Brasil por sextortion

A Polícia Judiciária deteve em Lisboa uma pessoa procurada pelas autoridades brasileiras por ter sido condenada a 10 anos de prisão por extorsão de natureza sexual.

PJ detém em Lisboa pessoa condenada no Brasil por sextortion

Segundo a PJ, os crimes de natureza sexual – ou, como são conhecidos, sextortion (extorsão sexual) – ocorreram numa cidade do Estado de São Paulo em 2023, altura em que várias vítimas foram ameaçadas e chantageadas com a divulgação de imagens de conteúdos íntimos. As imagens eram obtidas “de forma dissimulada” e as vítimas ameaçadas com a sua divulgação caso não pagassem “quantias elevadas, para evitar o conhecimento público de situações de cariz sexual, tidas como comprometedoras”.

A Unidade de Informação Criminal da PJ localizou e deteve o estrangeiro de 24 anos procurado pelas autoridades judiciárias brasileiras na sequência da condenação por sextortion. O suspeito vai agora ser presente ao Tribunal da Relação de Lisboa, para aplicação de medida de coação.

Pornografia deepfake: Como as nossas fotos estão a ser usadas em sites porno

A pornografia deepfake – onde a semelhança de alguém é imposta em imagens sexualmente explícitas com inteligência artificial – “tornou-se assustadoramente comum”, atesta Clare McGlynn, professora de Direito da Universidade de Durham. O site mais popular dedicado a deepfakes sexualizados, geralmente criados e partilhados sem consentimento, recebe cerca de 17 milhões de acessos por mês. O conteúdo tem como alvo quase exclusivamente mulheres. Também houve um aumento exponencial em aplicativos de nudificação que “transformam imagens comuns de mulheres e meninas em nus”.

Quando Jodi, recebeu um e-mail anónimo a informá-la de que havia sido alvo de deepfaked, ficou arrasada – e deu inclusive origem a um documentário da BBC. O seu sentimento de violação intensificou-se quando descobriu que o homem responsável era amigo próximo dela há anos. Ficou com sentimentos suicidas. Várias das suas amigas foram também vítimas.

Acompanhantes lésbicas japonesas: “Pela primeira vez gostei realmente de sexo”

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Na sociedade japonesa, a prostituição é frequentemente vista como “um mal necessário”

Para entender o surgimento de agências de acompanhantes lésbicas no Japão, é preciso recuar bastante. Na sociedade japonesa, a prostituição é frequentemente vista como “um mal necessário”. “Uma forma de manter a harmonia social, proporcionando aos homens uma saída para os seus desejos sexuais reprimidos”, enquadra a investigadora Marta Fanasca, formada na Universidade de Bolonha atualmente membro do programa de investigação e inovação ‘Horizonte 2020’ da União Europeia, sob o acordo de subvenção Marie Skłodowska-Curie.

Embora haja “uma série de problemas com esta visão – como a implicação de que os homens são inerentemente incapazes de controlar os impulsos sexuais – há, igualmente, também uma falha crítica: enquadra a prostituição como algo de que apenas os homens querem ou precisam“. No Japão, a sexualidade feminina é “frequentemente vista através das lentes estreitas do romance heterossexual e da maternidade”. “‘Rezu fūzoku’ subverte essa visão”, explica Fanasca.

Recusa de chinesas em casar-se alimenta tráfico de noivas estrangeiras

A taxa de casamentos na China está em acentuado declínio. Houve 6,1 milhões de registos de casamento em todo o país em 2024, abaixo dos 7,7 milhões do ano anterior. Esta quebra levou Chen Songxi, conselheiro político nacional chinês, a propor a redução da idade legal para o casamento de 22 para 18 anos. A queda na taxa de casamentos na China foi motivada por uma combinação de fatores, que incluem “pressões económicas crescentes, atitudes sociais em evolução relativas ao matrimónio e níveis mais altos de educação”, diz Ming Gao, investigador académico da Divisão de Estudos Históricos do Leste Asiático.

Mais à frente, perceberemos como estes e outros fatores não deixaram escolha a muitos homens, que, em desespero, optaram pelo tráfico de noivas estrangeiras. As mulheres chinesas urbanas, em particular, estão “cada vez mais a opor-ser às expectativas tradicionais de género, que enfatizam o casamento e a criação de filhos como marcos essenciais da vida”. A subida do custo de vida também “está a tornar-se cada vez mais difícil para muitos jovens, que deixam de ter condições para se casarem”.

Casamento infantil continua a ser praticado em 20% dos países do Mundo

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O casamento infantil tem frequentemente efeitos duradouros, principalmente adversos, no desenvolvimento de uma menina

O casamento infantil continua a ser praticado, no Mundo, em 20% dos países. A prática viola a Declaração Universal dos Direitos Humanos e é mais comum na África Subsariana, onde uma em cada três meninas é casada à força.

Uma forma frequentemente negligenciada de violência contra as mulheres é o casamento infantil. A prática é considerada uma violação fundamental dos direitos humanos. O direito ao consentimento “livre e pleno” para o casamento é reconhecido na Declaração Universal dos Direitos Humanos, onde é amplamente aceite que o consentimento não pode ser “livre e pleno” quando uma das partes envolvidas “não é suficientemente madura para tomar uma decisão informada sobre um parceiro para a vida”.

De acordo com a UNICEF, o casamento infantil tem frequentemente efeitos duradouros, principalmente adversos, no desenvolvimento de uma menina, incluindo gravidez na adolescência, saída precoce da educação e isolamento social.

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