Portuguesa presa por abanar bebé até à morte

Mulher portuguesa foi condenada a sete anos de prisão, pelo tribunal de Toulouse, França, por ter abanado bebé até à morte.

Portuguesa presa por abanar bebé até à morte

Portuguesa, natural de Paços de Ferreira, foi condenada a sete anos de prisão pelo Tribunal de Toulouse por ter abanado bebé até à morte.

Leonardo tinha apenas dois anos e era sobrinho do companheiro da arguida. A criança fora adotada pelo tio, depois de o pai o ter entregado a uma instituição, e foi levada para França.

O crime ocorreu no dia 1 de abril de 2016, meio ano depois de o bebé estar a viver com o casal. Maria do Céu Guimarães abanou Leonardo durante o banho até à morte. A suspeita, na altura com 24 anos, chamou os socorros, mas a criança morreu menos de 24 horas depois, no hospital.

A defesa de Maria do Céu afirma que o facto de a própria ter alertado os serviços de socorro indica que nunca fora sua intenção matar a criança. No entanto, os hematomas no corpo do bebé e as mazelas que apresentava indiciam que tenha sido abanado de forma violenta.

A emigrante teve acompanhamento psiquiátrico durante a detenção. Acabou condenada por «violência conduzindo à morte sem intenção de causá-la». O Ministério Público pedia 12 anos, mas a arguida acabou por ser condenada a sete anos de prisão.

A Síndrome do Bebé Sacudido (Shaken Baby Syndrome)

A síndrome do bebé sacudido é uma das formas mais graves de maus tratos infantis. Um problema atual, com repercussões mundiais, em que as taxas de mortalidade rondam os 13 a 36 por cento e as taxas de morbilidade (sequelas) 62 a 96 por cento.

É um problema que pode atingir crianças até aos cinco anos de vida, mas a sua ocorrência é mais comum até aos dois anos, e predominantemente nos primeiros 12 meses de vida. Trata-se de abanar de uma forma violenta e repetida um bebé, causando sérios danos neurológicos.

Isto acontece na grande maioria dos casos, quando o cuidador – muitas vezes um dos pais ou uma ama – está desesperado pelo choro do bebé, e abana o bebé numa tentativa de o calar. São poucos os cuidadores que dizem ter noção do perigo que representa este ato, no entanto, é um ato brutal e voluntário, mesmo se movido pelo desespero, e é por isso considerado um ato grave de maus tratos infantis.

Em declarações ao site da Crescer, a enfermeira Cátia Godinho, do projeto A Nossa Mãe é Enfermeira, enviou um dos capítulos do livro que está a preparar para lançar em breve.

Saiba mais pormenores aqui.

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