Professora deixa marido após diagnóstico de cancro
Uma professora optou por se separar do marido quando o chocante diagnóstico de um cancro agressivo e raro chegou. O final da história é… inesperado.
Danielle Epstein vai correr a Maratona de Londres já neste domingo, 23 de abril, em homenagem ao ex-namorado que abandonou durante a luta contra um cancro no cérebro. Explica que a sua “saúde mental” estava a sair prejudicada. Jelle Fresen, de 37 anos, foi diagnosticado com um tipo raro e agressivo de cancro, em estágio 4. O homem teve de aprender novamente a andar após ser sujeito a uma longa cirurgia de 17 horas ao cérebro. Além disso, passou também seis semanas a fazer radioterapia e nove meses de quimioterapia.
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“Pessoa mais horrível do mundo”
“Senti-me a pessoa mais horrível do mundo por deixar alguém porque têm câncer, mas estava a prejudicar a minha saúde mental e não estava a conseguir ajudá-lo”, explica Danielle ao South West News Service. A professora de física revela que estava tão “preocupada” e “devastada” que não conseguia dormir e comer. “Estava a ter ataques de pânico e tomava tantos medicamentos para me controlar que simplesmente não conseguia funcionar”, lembra. “Ainda o amo profundamente e quero apoiá-lo, mas percebi que não poderia ficar com ele como parceiro.”
O casal estava no processo de compra de casa conjunta quando Jelle, engenheiro de software da Google, começou a sentir tonturas e vómitos. Os médicos inicialmente pensaram que estava a sofrer de uma infecção no ouvido, mas fez uma ressonância magnética quando os vómitos tornaram-se mais frequentes. O resultado chegou e revelou que a massa encontrada no cérebro era cancerígena. A cirurgia deixou-o com danos nos nervos, o que resultou em paralisia no lado direito do rosto.
“Só fez 5 km quando estávamos juntos”
Além disso, também não consegue fechar totalmente um olho e tem estrabismo que lhe dá visão dupla. “Estávamos num certo caminho para um certo futuro e num dia percebemos que assim não iria funcionar”, aponta Danuelle. Após o término, a mulher mudou-se para a Tailândia para ficar com o pai. O ex-casal trabalha para manter uma amizade.
“Não sou corredora, mas ele já fez maratonas antes, então pensei que seria um desafio para mim e uma bela homenagem”, explica. Treinar para a Maratona de Londres tem sido fisicamente e mentalmente desafiador mas diz que não se compara ao que o ex viveu. “Tenho a melhor motivação; se o Jelle pode passar por tudo isso, então posso correr uma maratona”, diz. Jelle estará presente, a torcer e a apoiar a ex-namorada. “Quando ela me disse que ia fazer uma maratona, devo admitir que tive as minhas dúvidas”, confidenciou à SWNS. “Acho que ela só fez cerca de cinco quilómetros quando estávamos juntos, e com muitas reclamações!”
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Fotos: Reprodução JustGiving
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