SEF prende dois suspeitos de recrutarem imigrantes ilegais na União Europeia
O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras prendeu dois homens suspeitos de criarem sociedades em Portugal que recrutavam imigrantes ilegais na União Europeia com o objetivo de obterem autorizações de residência.
O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) prendeu dois homens suspeitos de criarem sociedades em Portugal que recrutavam imigrantes ilegais na União Europeia com o objetivo de obterem autorizações de residência. Em comunicado, SEF adianta que as duas detenções ocorreram no âmbito de uma operação policial realizada na quinta-feira, na Amadora, distrito de Lisboa, tendo sido dado cumprimento a dois mandados de detenção, dois mandados de buscas domiciliárias e um mandado de busca em estabelecimento comercial.
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Identificados cinco cidadãos estrangeiros em situação irregular no país
O SEF sublinha que este processo investiga crimes de auxílio à imigração ilegal, angariação de mão de obra ilegal, utilização de atividade de cidadão estrangeiro em situação ilegal, falsificação ou contrafação de documentos e branqueamento de capitais. Durante a operação, foram apreendidos documentação e material informático que veio corroborar os indícios da prática dos crimes pelos quais estavam indiciados, tendo ainda identificado cinco cidadãos estrangeiros em situação irregular no país.
Segundo aquele serviço de segurança, os dois detidos são suspeitos de constituírem sociedades em Portugal, utilizadas para recrutar cidadãos estrangeiros em situação irregular noutros países da União Europeia, “prometendo-lhes a possibilidade de assim obterem documentos de residência portugueses”. O SEF precisa que na realidade estas sociedades “não exercem qualquer atividade” em Portugal, trabalhando exclusivamente em outros Estados da União Europeia, sobretudo na Bélgica.
O organismo explica que os cidadãos estrangeiros em situação irregular são recrutados fora do país, deslocando-se a Portugal com “o único intuito de obter as respetivas autorizações de residência, regressando de imediato aos países onde residem”. O SEF sublinha que um número ainda não determinado de cidadãos estrangeiros têm vindo a obter a nacionalidade portuguesa através deste “esquema fraudulento”.
De acordo com o SEF, os dois detidos dedicam-se também à venda de contratos de trabalho com vista à legalização de estrangeiros. Este processo está a decorrer no Tribunal Judicial de Setúbal e os suspeitos vão ser hoje presentes ao primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação.
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