Borrell acredita que voto da ONU mostra uma “rejeição” global à Rússia
O alto representante da União Europeia para a Política Externa afirmou hoje que a votação da ONU sobre uma resolução contra a invasão da Ucrânia pela Rússia demonstra a “rejeição” da campanha militar por parte da comunidade internacional.
“A votação no Conselho de Segurança com uma abstenção significativa da China, Índia e Emirados Árabes Unidos e apenas o veto da Rússia demonstra a rejeição da comunidade internacional” da agressão de Moscovo, disse Josep Borrell, numa mensagem publicada na sua página na rede social Twitter. O chefe da diplomacia europeia instou “toda a comunidade internacional” a “unir forças” e “ajudar a impedir a invasão russa da Ucrânia”, adotando uma resolução nesse sentido na Assembleia Geral das Nações Unidas. “A Rússia tem de parar imediatamente a sua agressão militar ou enfrentar o isolamento internacional”, salientou Borrell, noutro comentário na mesma rede social.
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A Rússia usou o seu poder de veto na sexta-feira para impedir uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) contra a sua invasão da Ucrânia, um texto que teve o apoio de uma clara maioria do Conselho de Segurança mas do qual se abstiveram três países: China, Índia e Emirados Árabes Unidos. O documento, que desde o início estava condenado ao fracasso dado que Moscovo podia bloqueá-lo, tinha sido forçado pelos Estados Unidos da América para condenar a intervenção militar russa e exigir a retirada das suas tropas da Ucrânia.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos 198 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 120.000 deslocados desde o primeiro dia de combates.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário. O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.
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