O Presidente da Câmara Municipal de Pedrógão Grande, Valdemar Alves, foi esta segunda-feira, 4 de fevereiro, constiuído arguido no processo referente aos incêndios de 17 de junho de 2017. Tal decisão surge resultado de um requerimento apresentado pelo advogado da família de duas vítimas mortais, Ricardo Sá Fernandes, que pede a pronúncia do autarca.

O advogado apresentou uma ata da autarquia, referente ao ano de 2013, em que fica claro que Valdemar Alves ficou com o pelouro da proteção civil. Responsabilidade essa que não sofreu alterações e foi reforçada em nova ata, a 23 de fevereiro de 2017, como pode ler-se: [O autarca] «assumiu diretamente as suas responsabilidades no que diz respeito aos trabalhos de limpeza em apreço, tendo em vista o período crítico para os fogos florestais que se avizinhava».

Estão constituídos arguidos Sérgio Gomes, comandante do CDOS de Leiria, Augusto Arnaut, comandante dos Bombeiros Voluntários de Pedrógão Grande,  Mário Cerol, 2º Comandante do CDOS de Leiria, José Revés, Rogério Mota e António Berardinelli, da concessionária Ascendi, responsável pela gestão da EN 236-1. Também Fernando Lopes, ex-presidente da Câmara de Castanheira de Pera, Jorge Abreu, autarca de Figueiró dos Vinhos, José Geria e Casimiro Pedro, da EDP Distribuição, José Graça, ex-vice-presidente da Câmara de Pedrógão e Margarida Gonçalves, funcionária da autarquia, são arguidos neste caso.

Os 12 arguidos serão ouvidos esta quinta-feira, 7 de fevereiro, acusados de um total de 694 crimes de homicídio por negligência e de ofena à integridade física por negligência. O autarca poderá também ser ouvido no mesmo dia.

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